A Chuva No Alcorão

Por Harun Yahia
Traduzido por Ali Sivonaldo Alexandre da Silva.

A chuva é, na verdade, um dos fatores mais importantes da vida na terra. A chuva é um requisito prévio para a existência da vida numa determinada região. Ela é de grande importância para todas as coisas vivas, inclusive os seres humanos, é mencionada em vários versículos do Alcorão, onde informações substanciais são dadas sobre suas proporções e efeitos. O fato de que não era possível qualquer dessas informações ter sido descoberta no tempo da revelação do Alcorão, nos mostra que ele é a palavra de Deus. Agora, vamos examinar o que o Alcorão diz sobre a chuva.

A proporção da chuva

Na surata 43, Os Ornamentos, versículo 11, a chuva é definida como a água enviada na devida medida.

“E Ele é Quem envia, proporcionalmente, água dos céus, e com ela faz reviver uma comarca árida; assim serreis ressuscitados.”

A “proporção” citada no versículo, tem a ver com algumas características da chuva. Antes de mais nada, a quantidade de chuva que cai sobre a terra é sempre a mesma. Estima-se que em um segundo, 16 milhões de toneladas de água evaporam da terra. Este número é igual à quantidade de água que cai sobre a terra em um segundo. Isto significa que a água circula continuadamente num ciclo equilibrado, de acordo com uma “proporção”. Uma outra proporção relacionada com a chuva é a velocidade de sua queda. A altitude mínima das nuvens de chuva é de 1.200 metros. Um objeto que tenha o mesmo peso e tamanho de uma gota de chuva, quando cai dessa altura, se acelera continuamente e cai ao chão a uma velocidade de 558 km/h. Certamente, qualquer objeto que se choque com o chão a essa velocidade, provocará um grande dano. Se a chuva caísse da mesma forma, todas as terras cultivadas seriam destruídas, áreas residenciais, casas e carros seriam danificados, as pessoas não poderiam andar sem tomar as devidas precauções. O que é mais, esses cálculos foram feitos apenas para as nuvens de 1.200 metros de altura, ao passo que existem também nuvens de chuvas a uma altitude de 10.000 metros. Uma gota de chuva caindo dessa altura certamente alcançaria uma velocidade destrutiva.

Mas, não é como funciona; não importa de que altura a chuva caia, a média de velocidade de chuva é de apenas 8-10 km/h quando alcança o solo. A razão para isto é a forma especial que suas gotas têm. Esta forma especial aumenta o efeito de fricção da atmosfera e impede a aceleração quando as gotas de chuva atingem a uma certa velocidade “limite”. (Hoje em dia, os paraquedas são desenhados usando-se essa técnica).

Isto não é tudo sobre as “proporções” da chuva. Por exemplo, nas camadas atmosféricas onde a chuva começa, a temperatura pode atingir a – 400º C. Apesar disto, as gotas de chuva nunca se transformam em partículas de gelo, o que poderia significar uma ameaça fatal para as coisas vivas sobre a terra. A razão para isto é que a água na atmosfera é água pura. Como é sabido, a água pura dificilmente congela, mesmo em temperaturas bem baixas.

A formação da chuva

Durante muito tempo, a formação da chuva permaneceu um grande mistério para as pessoas. Somente depois que os radares aéreos foram descobertos é que foi possível saber sobre os estágios que formam a chuva.

A formação da chuva acontece em três estágios: primeiro, a “matéria-prima” da chuva sobe para o ar. Depois, as nuvens são formadas e, por fim, as gotas de chuva aparecem.

Há 14 séculos, esses estágios foram claramente definidos no Alcorão, onde informações precisas nos são dadas sobre a formação das chuvas: “É Deus Quem envia os ventos e levanta as nuvens: depois, Ele as espalha pelos céus e as fragmenta em pedaços até que as gotas de chuva sejam vistas dentro delas; então, quando Ele as fez alcançar seus servos, eles se rejubilaram!”

1º Estágio “É Ele Quem envia os ventos …”

Inúmeras bolhas de ar, formadas pela espuma dos oceanos explodem constantemente e provocam partículas de água, ricas em sal, que são levadas para o céu, levadas pelos os ventos e sobem para a atmofesra. Tais partículas, que são chamadas de aerossóis, formam as nuvens pela condensação em torno delas do vapor de água, que ascende dos mares sob a forma de gotas mínimas, por um mecanismo conhecido como “armadilha de água”.

2º Estágio “… e ele levanta as nuvens: então, Ele as espalha no céu de acordo com a Sua vontade e as fragmenta em pedaços …”

As nuvens se formam do vapor d’água que se condensa em volta dos cristais de sal ou partículas de poeira do ar. As gotas d’água são muito pequenas (com um diâmetro entre 0,01 e 0,02 mm), as nuvens são suspensas no ar e se espalham no céu. Assim, o céu se cobre de nuvens.

3º Estágio “…até que as gotas de chuva sejam vistas dentro delas”.

As partículas de água que envolvem os cristais de sal e partículas de poeira engrossam e formam as gotas de chuva. Assim, as gotas, que ficam mais pesadas do que o ar, saem das nuvens e começam a cair no chão sob a forma de chuva.

A conclusão a que se chega é a de que cada estágio na formação das chuvas está mencionado nos versículos do Alcorão. Além do mais, esses estágios são explicados na ordem em que eles acontecem… Como qualquer outro fenômeno natural no mundo, é o Alcorão, mais uma vez, que fornece a explicação mais correta sobre este fenômeno também, e mais, foi ele que anunciou esses fatos às pessoas séculos antes que eles fossem descobertos pela ciência.Vida numa terra mortaMuitos versículos no Alcorão chamam a nossa atenção para uma função particular da chuva, que é a de “dar vida a uma terra morta”. Na Surata 25, “… e enviamos do céu água pura, para com ela reviver uma terra árida, e com ela saciar tudo quanto temos criado: animais e humanos.”

Além de suprir a terra com água, a chuva também tem um efeito de fertilização. As gotas de chuva que alcançam as nuvens depois de terem sido evaporadas dos mares, contêm certas substâncias “que darão vida” a uma terra árida. Estas gotas, doadoras de vida, são chamadas de “gotas de tensão de superfície”. Essas gotas se formam no nível mais alto da superfície do mar, e que os biólogos chamam de micro camada. Nessa camada, que é mais fina do que 1/10 de milímetro, há muitos restos orgânicos oriundos da poluição de algas e zooplanctons microscópicas. Alguns desses restos selecionam e coletam dentro deles alguns elementos que são raros na água do mar, tais como fósforo, magnésio, potássio e alguns metais pesados como o cobre, zinco, cobalto e chumbo. Estas gotas “fertilizadoras” são levadas para o céu pelos ventos e depois de algum tempo elas caem no chão dentro das gotas de chuva. Este fato é mencionado em um outro versículo do Alcorão, como se segue:

“E enviamos do céu a água bendita, mediante a qual produzimos jardins e cereais para a colheita.” (50:9)

Os sais que caem com a chuva são pequenos exemplos de alguns fertilizantes (cálcio, magnésio, potássio etc.) usados para aumentar a fertilidade. Os metais pesados encontrados nesses aerossóis, por outro lado, são outros elementos que aumentam a fertilidade no desenvolvimento e produção das plantas. As florestas também se desenvolvem e são alimentadas com a ajuda dos aerossóis orginados do mar. Desta forma, 150 milhões de toneladas de fertilizantes caem sobre toda a superfície da terra durante todo o ano. Se não houvesse uma fertilização natural como esta, haveria muito pouca vegetação e o equilíbrio ecológico seria prejudicado.

O que é mais interessante é que esta verdade, que só poderia ser descoberta pela ciência moderna, foi informada por Deus no Alcorão há séculos atrás.

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