Profecias sobre o Profeta do Islam

Autor: Sayyd Saeed Akhtar Rizvi

Introdução

Uma vez que o Santo Profeta (saas) tinha a missão a anunciar uma religião para toda a humanidade, e como essa religião haveria de permanecer até o Dia do Juízo, todos os profetas e todas as religiões divinamente reveladas teriam de anunciar seu advento, para que seus seguidores a adotassem incondicionalmente. Muitas vezes, mesmo os detalhes pessoais do Profeta (saas) foram mencionados para que fosse facilmente reconhecido.

Não é possível relatar num pequeno livro todas as profecias desse gênero que constam nas escrituras antigas. Assim, pretendo aqui mencionar um pequeno número delas, que se encontram nos livros do Hinduísmo, do Mazdeísmo, nas escrituras dos judeus e cristãos.

Cabe ressaltar que, em muitas passagens a anunciação da vinda do Profeta é seguida pela descrição dos membros de sua Família.

No decorrer dos séculos, escreveu-se um grande número de obras sobre o tema; dentre elas:

  1. Mir’ata i’ Makhliqat – de Molvi Abdul Rahman Chisti (1631d.c.) – que contém partes relevantes das escrituras sagradas do Hinduísmo.
  2. Basharat ‘a Ahmad – de Molvi abdul Aziz.
  3. Anisul Aalaam – Fakhrul Islam Abdul Sadiq. O autor era armênio de nascimento e sacerdote cristão. Profundo conhecedor dos idiomas grego, hebraico, árabe, persa, latim e siríaco. Ele abraçou o Islam depois de pesquisar sobre o significado do termo Paráclito constante na profecia do evangelho de João, e reconhecer que o termo se referia ao Profeta do Islam. Sua obra foi publicada em persa no ano de 1891 e é um valioso tesouro para todos aqueles que se dedicam ao estudo comparativo das religiões.

1 – A Profecia no Barm Uttar Khand

Barm Uttar Khand é uma das escrituras do Hinduísmo. Abdur Rahman Chisti (séc.11 da Hijra) traduziu essa obra para o urdu. Nela, o famoso avatar hindu Mahadeva relata para sua espoa, Parbati, todos os eventos do futuro; relato que foi transcrito por Bishist Muni, seu discípulo. As passagens mais importantes traduzimos aqui da obra de Maulana Sayyd Rahat Husain Gopalpuri:

Disse Mahadeviji:

Seis mil anos depois, o Todo-Poderoso criará uma pessoa sublime entre o gênero humano em Mundarne, que é uma terra entre mares (n.1)… Ó Parbati, ele será filho de Kant Bunjih (n.2); e possuirá a piedade e a sabedoria divinas como um rio, (de modo que) desse rio surgirá uma pérola. O nome de sua mãe será Sank Rakhya. (n.3). Três livros virão (antes) e ele trará o quarto, no qual se lerá: “Alif, Lam, Mim.”

n.1- A península arábica localiza-se entre três mares.

n.2- Kant bunjih significa “servo de Deus”, em árabe “Abdullah” o nome do pai de Mohammad (saas).

n.3- Sank Rakhya significa “pacífica”, o mesmo significado de “Amina” em árabe, o nome da mãe de Mohammad (saas).

(Disse Mahadeviji): “Ó Parbati, ele será líder de seu povo; as pessoas virão de todas as cidades até sua porta e o seguirão. Ele não terá medo das criaturas, será corajoso e possuidor do conhecimento dado por Deus; seu nome será “Mahamat”.

As pessoas ficarão impressionadas com seu modo de ser. Não adorará o que os de sua tribo adorarem, e dirá ao povo “eu fui orientado de que Deus é Único e Onipotente, não devo cometer idolatria e não recorrerei senão a Deus, portanto, deveis seguir-me”.

Mahamat ensinará sua lei às criaturas, abrogando todas as formas de adoração e leis anteriores; e se empenhará em fazer com que todos o sigam. Pouco a pouco, um grande número de pessoas adotará sua religião e muitas delas se aproximarão de Deus. Assim como as pessoas se referem a nossa era como (a era de) Sakh, até o fim da última era (Kali-yuga) as pessoas a chamarão de era de “Mahamat”.

“Ó Parbati, o Deus Onipotente dar-lhe-á uma filha que será melhor do que mil filhos; ela será bela, incomparável no caráter e perfeita na adoração a Deus. Ela jamais proferirá uma palavra injusta e estará protegida de todo pecado, pequeno ou grande, e através de seu pai ela alcançará proximidade com Deus. Deus a agraciará com dois filhos, que serão belos, amados por Deus, fortes, possuidores do conhecimento acerca do divino, corajosos e sublimes nas ações virtuosas. Depois deles, Deus não criará outro ser humano que tenha semelhante grau de aperfeiçoamento nas virtudes conhecidas ou ocultas.

Esses dois descendentes de Mahamat serão seus sucessores e terão numerosos filhos e trarão muitos para a religião de Mahamat por meio de seus argumentos fiéis. Eles iluminarão a religião de Mahamat e ele os amará acima das outras pessoas, mesmo de sua própria filha. Eles serão perfeitos na Religião; não obrarão nada para sua própria satisfação, e todas suas palavras e ações serão para a satisfação do Deus Onipotente.

Poucos anos depois da morte de Mahamat, alguns homens perversos assassinarão injustamente a seus netos, por amor às coisas mundanas; e o mundo inteiro ficará sem liderança com a morte deles. Seus algozes serão Maiiksh (ateus), amaldiçoados; não terão nenhum amor por Mhahamat e nunca se libertarão do Nark (Inferno). Porém, na aparência permanecerão na religião de Mahamat, e pouco a pouco outros os seguirão e teimosamente cometerão muitas ações contra Mahamat e seus descendentes. Somente uma pequena parte deles permanecerá na senda de Mahamat. A maioria seguirá o caminho dos assassinos dos filhos de Mahamat; ainda assim continuarão a serem considerados seguidores dele. Nos últimos dias de Kaliyuga (última Era) existirão muitos desses hipócritas e criarão grande distúrbios no mundo”.

Em seguida Mahadeviji explica sobre o surgimento do Imam Mahdi, o advento do Ùltimo Dia e a entrada de Fátima e seus filhos no Paraíso.

2 – Kalki Puran

Em muitos Livros Sagrados do Hinduísmo mencionou-se a vinda de dez Avatares. Acredita-se que nove deles já vieram e, portanto, o décimo é esperado. O nome dado a esse décimo avatar é Kalki. O Profeta Mohammad corresponde perfeitamente à descrição e os sinais citados nas escrituras indianas.

Kalki Puran é uma dessas escrituras; nela consta que a razão para que esse profeta seria reconhecido como avatar “kalki” é que ele removeria a escuridão ou a ferrugem (kalk) do coração de seus seguidores, e que triunfaria sobre os artifícios dos perversos. Também está escrito (no Kalki Puran) que sua nação seria formada de adoradores de Deus.

O nome do pai do profeta Kalki é citado como sendo “Vishnuais”, uma combinação de dois termos: Vishnu (divindade) e Ais (servo), tendo o significado de “servo de Deus”. Ou seja, o nome Abdullah, do pai de Mohammad (saas).

O nome da mãe do profeta Kalki é “Somti”, que significa “confiável”. O nome da mãe do Profeta Mohammad, Amina, também significa “confiável”.

No mesmo texto consta que os nomes dos irmãos do profeta “kalki” seriam Kavi, Samat e Parak. Kavi significa “sábio”, Samat significa “conhecimento” e Parak, “Aquele que assume elevadas posições hierárquicas”. Os nomes dos primos do Profeta Mohammad, Aqil, Ja’far e Ali, têm exatamente os mesmos significados.

O local de nascimento do profeta “Kalki”é mencionado como “Shambhal Nagari” cujo significado é “uma terra de areia ou deserto”, o que se aplica perfeitamente ao Hijaz na península arábica.

Com respeito ao profeta “Kalki” o texto afirma que ele se dedicaria a adoração numa caverna. É fato bem conhecido que o Profeta Mohammad recebeu sua primeira revelação numa caverna do Monte Hira; nas proximidades de Makka.

Além disso, no Kalki Puran consta que o profeta receberia instrução por intermédio do “Prash Ram” (Espírito Santo ou Espírito de Deus). É bem sabido por todos os muçulmanos que o Anjo Gabriel trouxe a revelação ao Profeta Mohammad. Gabriel é chamado (no Alcorão) de Ruhul Amin (Espírito Fiel).

Consta ainda que o profeta “Kalki” se casaria com a filha do rei de Shambhal. O Profeta Mohammad casou-se com a mulher mais rica da Arábia, Khadijah.

Também está escrito no Kalki Puran que o profeta “Kalki” emigraria para as colinas do norte. Foi, portanto, por ordem de Deus que o profeta Mohammad (saas) teve que emigrar de Makka para Medina (a norte de sua terra natal).

Sobre o Avatar Kalki

Dezessete anos após da edição de meu livro, em 1970, Pandit Vedaprakash, um brâmane bengali da Universidade Alahabad, publicou sua obra “Kalki Avatar”. Nesse livro ele declarou que a descrição do “esperado” avatar Kalki era apropriada somente à figura do Profeta Mohammad. Seu ponto de vista foi endossado por oito outros eminentes pandits. Ele cita os Purans e os interpreta. Eis os pontos essenciais de suas descrições:

1 – O avatar Kalki seria o último Mensageiro de Deus, e surgiria com uma orientação universal.

2 – Ele nasceria numa península.

3 – O nome de seu pai seria Vishnubagat (servo de Deus), (Abdullah em árabe).

4 – O nome de sua mãe seria Sumaani (pacífica) (Aminah em árabe).

5 – Sua alimentação básica seria composta de tâmaras e azeitonas (o que se aplica perfeitamente ao Profeta (saas)).

6 – Ele seria a mais honesta e fiel das criaturas (As Sadiq, Al Amin – dois atributos bem conhecidos do Profeta Mohammad (saas)).

7 – Ele nasceria de um clã respeitável (Quraish e sobretudo o ramo de Banu Hashim eram reconhecidamente respeitáveis).

8 – Deus o orientaria através de sua Mensagem numa caverna.

9 – Deus lhe daria um corcel velocíssimo para que atravessasse a terra e os sete céus (menção ao Buraq e a ascensão (Mi’raj)).

10 – Ele seria hábil na arte da cavalaria e no uso da espada.

Sobre o Harvaved

Molvi Abdur Rahman Chisti citou várias passagens de outros Purans e mesmo dos Vedas. Uma das quais aqui incluímos a partir do Muqaddamah Tafsir Anwarul Qur’an:

(texto original (atharva ved) – “lailaha harni papan illalaha paran padam janm bakurth brap newdi to jane name muhammadan.”

trad.: proferir la ilahi apaga os pecados; dizer illalah garante o “parm Padwi”. Se queres o Paraíso, recita o nome “Mohammad”.

No texto atual do Atharv Veda não se encontram essas palavras. O fundador do Arya Sarmaj Dianand, em seu livro “Satyarkh parkash” (no capítulo 14) admite que “O Upanishad menciona o nome Mohammad como profeta. Contudo, argumenta que alguém, no tempo do imperador Akbar (da dinastia Mughal) deve ter acrescentado o verso mencionado ao texto.

Como podemos aceitar seu argumento sem a apresentação de alguma prova?

3 – Nos Textos Bíblicos

Antes de apresentarmos algumas dessas profecias nos textos bíblicos é importante deixarmos claro uma coisa: é uma prática comum entre judeus e cristãos traduzir os nomes próprios. Assim, sempre que os copistas encontraram o nome “Mohammad’, o traduziram para “o Louvado”,”digno de louvor” ou “amado”. Essa prática ajudou-os a ocultar a verdade, de maneira que, ninguém pudesse suspeitar que a sentença se referia a uma determinada pessoa. Se tal prática fosse adotada como regra, uma pessoa que não falasse inglês, poderia traduzir o nome “Livingstone” como “pedra que vive” (…).

Livro de Gênesis

Gênesis 17:20 registra a promessa de Deus ao Profeta Abraão: “E quanto a Ismael, eu ouvi a tua prece. Eu o abençoei e o farei crescer. Eu o multiplicarei extraordinariamente; gerará doze príncipes e farei dele uma grande nação.”

A prece mencionada na passagem também é mencionada em diversos versículos do Alcorão Sagrado (Qur’an c.2 vers. 127-129, por exemplo).

Deuteronômio

Deus prometeu ao profeta Moisés (as):

“O Senhor teu Deus fará surgir um profeta, dentre os vossos irmãos, um profeta semelhante a ti; porei em sua boca as minhas palavras e ele lhes dirá tudo o que eu lhe mandar… (deut. 18:18-19)

“Mas aquele que não quiser ouvir as palavras que ele disser em meu nome, eu me vingarei dele… (ibid)

Os cristãos tentam aplicar essa profecia à Jesus (as). Entretanto, a nenhum outro profeta essa profecia é aplicável senão a Mohammad (saas), porque:

1 – O Profeta Mohammad (saas) nasceu entre os irmãos dos israelitas (os povos árabes). Qualquer profeta que tenha vindo da tribo de Israel estaria excluído desta anunciação. Como é sabido, o profeta Isa (Jesus) pertencia a tribo de Israel.

n.trad: O termo hebraico me- ahekha derivado de Ah, tem o sentido de “irmão” e é aplicado ao laço de parentesco (irmão carnal), ao laço de parentesco tribal ou racial, ao laço de parentesco do próprio clã ou tribo, ao laço por adoção ou confissão religiosa. No dicionário hebreu da Bíblia o termo é definido “a personificação de um grupo de tribos que são consideradas parentes próximos dos israelitas (as tribos árabes ismaelitas)”. E em deuteronômio 34:10 encontramos a seguinte declaração: “Jamais se ergueu um profeta em Israel semelhante a Moisés”. Uma afirmação inequívoca que a promessa do envio de tal profeta não se referia a um homem oriundo das tribos israelitas, mas dos irmãos dos judeus, os árabes (descendentes de Ismael).

2 – O profeta seria semelhante à Moisés. O Profeta Moisés teve que fazer uso da força (combatendo militarmente); e o Profeta Mohammad (saas) teve que se defender lutando. Tal coisa não ocorreu na vida de Jesus (as).

3 – O Profeta Moisés (as) teve um irmão (Arão) que o sucedeu. Jesus (as) não teve nenhum irmão que o sucedesse. O Profeta Mohammad (saas) teve Ali Ibn Abu Talib (as) a quem disse: “Tú és para mim o que Arão foi para Moisés, ainda que não haja nenhum profeta depois de mim”.

4 – O Profeta Moisés (as) legou a liderança religiosa para os filhos de Arão. O Profeta Jesus (as) não fez nada semelhante; enquanto que, o Profeta Mohammad (saas) agiu do mesmo modo que Moisés (as), legando a liderança de sua ummah à Ali e seus filhos, Hasan e Husein (as).

5 – “porei em sua boca as minhas palavras e ele lhes dirá tudo o que eu lhe mandar…” Esse critério se aplica somente ao Profeta Mohammad (saas), uma vez que Jesus (as) jamais afirmou isso sobre si mesmo e Deus Altíssimo disse no Alcorão sobre o Profeta Mohammad (saas): “E ele não fala por capricho. Não é senão a inspiração que lhe foi revelada.” (53:4)

6 – O Profeta Jesus (as) nunca afirmou ser o profeta prometido na passagem citada. Por outro lado, Deus Altíssimo mencionou no Alcorão a similaridade entre Mohammad e Moisés, ao revelar: “Em verdade, enviamos um Mensageiro a vós como vossa testemunha, tal como enviamos um Mensageiro ao Faraó.” (73:15)

7 – Jesus (as) não afirmou ser semelhante a Moisés (as). O Profeta Mohammad (saas) o fez ao dizer a Imam Ali (as): “Tú és para mim o que Arão foi para Moisés, ainda que não haja nenhum profeta depois de mim”.

8 – O próprio Jesus (as) anunciou a vinda do Profeta depois dele, que cumpriria a profecia feita a Moisés (as): “Contudo, quando ele, o Espírito de Verdade vier, ele vos guirá na verdade integral, pois não falará de si mesmo, mas daquilo que tiver ouvido…” (João, 16:13)

N.trad: Os teólogos cristãos, baseados num erro de tradução, acreditam que a palavra grega Paracleto (Periklutus) se refere ao Espírito Santo. Este “erro” é bastante estranho, nada poderia justificá-lo, segundo a lógica do idioma grego. A palavra se encontra no gênero masculino, e é utilizada com pronome masculino. Quando usada em grego a palavra pneuma (espírito) é um pronome neutro (não masculino). Logo, Paracleto se refere a uma “pessoa”, a um homem e não a um espírito. Assim, se Jesus se referia ao “espírito Santo” no texto deveria constar a palavra “Logos” e não Parakleto. No texto em questão, encontramos o termo “pneuma tes aletheias”, que pode ser traduzido como “espírito Fiel” no sentido de referir-se a um “homem dotado de caráter fiel, incorruptível; cuja fidelidade é integral” (termo correspondente em hebraico é emet(h), em aramaico e árabe – Ahmad (Mohammad). Ambas as referências obrigam, segundo as regras do idioma grego, aplicá-las a uma pessoa. Em nenhum caso pode ser aplicado ao Espírito Santo (Logos). Portanto, a crença difundida na cristandade de que Jesus, segundo o texto de João, anunciara o acontecimento de Pentecostes é totalmente infundada.

Outras Profecias

Deuteronômio 33:2

“O Senhor veio do Sinai, e veio de Seir para eles, surgiu do Monte Paran e com ele milhares de santos, na sua destra (trazia) uma lei de fogo…”

A “vinda do Senhor” significa a chegada dos representantes de Deus. O profeta de Deus que veio do Sinai foi o Profeta Moisés (as), aquele que surgiu do Seir (uma montanha na Palestina), foi Jesus (as). Mas, qual profeta surgiu do Monte Paran? Paran é o nome de um monte em Makka. O único profeta de Deus que surgiu naquela região foi Mohammad (saas).

Isaías 42:10

“Cantai um cântico novo, e seu louvor até as extremidades da terra…” (42:10)

O velho erro de traduzir nomes próprios tornou essa profecia sem sentido. Numa tradução armênia, escrita em 1666 e publicada em 1733, a passagem foi traduzida da seguinte maneira: “Eles cantam um cântico novo; e seu Reino continuará depois dele, e seu nome é Ahmad.” (O nome Ahmad foi traduzido como “seu louvor”). Nessa profecia, um novo cântico é uma nova lei divina (shari’ah), o que perfeitamente condiz com o Profeta do Islam.

Habacuc 3:3-6

“Deus virá do Teman; e o santo do Monte Paran…”

O mensageiro de Deus que veio do Monte Paran foi o Profeta Mohammad (saas) e todos os atributos mencionados se aplicam a ele.

Allamah Fakhrul Islam Muhammad Sadiq, um ex- sacerdote cristão, relata que existem por volta de trinta passagens no Velho Testamento que profetizam sobre a vinda de Mohammad (saas).

No Novo Testamento

João 1:19-21

“Eis o testemunho de João quando os judeus lhe enviaram sacerdotes e levitas de Jerusalém, e perguntaram: “Quem és tu?” E ele confessou a verdade e não a negou, e confessou: “Eu não sou o Cristo.” E eles perguntaram: “Quem és, pois? És tu o Elias?” Ele respondeu: “Não sou.” “És tu o Profeta?” Respondeu: “Não.”

Esse diálogo demonstra claramente que na época da vinda do Profeta Jesus (as) os judeus esperavam por três pessoas: O Messias, o Elias e o Profeta (que foi prometido à Moisés).

E quando João (as) afirmou não ser nenhum deles, os judeus perguntaram: “Como batizas, se não és o Cristo nem o Elias, tampouco aquele Profeta?” (João 1:25)

Também fica evidente (pela tradução pesquisada – trad- King James) que o nome do Profeta era citado com muito respeito, ao ponto do tradutor transcrevê-lo usando letra maiúscula; e que a sua vinda era bem conhecida (pelos sacerdotes) sendo suficiente mencioná-lo como “aquele Profeta”.

O Paráclito (João, 16:7)

Disse Jesus: “A vós convêm que eu vá, porque se eu não for não virá a vós o Paráclito, mas se eu for, eu vo-lo enviarei. E quando vier, convencerá o mundo quanto ao pecado, à justiça e ao juízo…

“Tenho ainda muitas coisas para dizer-vos, mas vós não as podeis compreender agora, quando vier, porém, o Espírito de Verdade, ele vos guiará no caminho da verdade integral, porque não falará de si mesmo, mas tudo o que tiver ouvido, e anunciará as coisas que estão para vir (16:12 e 13)

“Mas o Paráclito, a quem o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito… (14:26)

“Quando, porém, vier o Paráclito, que eu vos enviarei do Pai, o Espírito de Verdade, que procede do pai, ele dará testemunho de mim…” (15:26)

Fica bem claro o sentido de algumas passagens do Alcorão Sagrado sobre o tema:

“Aqueles a quem concedemos o Livro reconhecem-no como reconhecem a seus próprios filhos, ainda que uma parte deles oculte a verdade, estando cientes dela”. (2:146)

“E aqueles que seguem o Mensageiro, o Profeta iletrado, cuja menção encontram na Torah e no Injil, o qual ordena o bem e proíbe o ilícito…” (7:157)

4 – Escrituras Parsi

Zoroastro é conhecido como o fundador do Zoroastrismo. Existem dois conjuntos de Escrituras parsi: Zend Avesta e Dasatir. Eu transcreví duas profecias registradas na obra de A.H.Vidyarthi “Mohammad nas escrituras Parsi, Hindu e Budistas”.

No Zend Avesta

“Deus falou a Zoroastro nos seguintes termos: “Os mais virtuosos entre os companheiros dos Muslims, Ó Zaratustra, são os homens da Lei Primitiva, ou aqueles do Soeshyant (que ainda não nasceram) que restaurarão o mundo”. Farvardin Yasht 12:1-7)

No Dasatir

O Dasatir é uma coletânea de 15 epístolas. Na epístola de Sasan consta uma profecia sobre o Santo Profeta do Islam em palavras muito claras. Essa edição do Dasatir foi publicada por Mulla Firoze com a ajuda de vários sacerdotes parsi da época de Nasrudin Shah Qachar, na Pérsia. O texto original está em pahlavi e cada sentença foi traduzida para o persa pelo autor e sua equipe de sacerdotes.

Resumidamente, a profecia diz que o povo do zoroastrismo abandonaria sua religião e se corromperia. Quando isso acontecesse, um homem surgiria entre os árabes e diante dele o povo (persa), a monarquia, o reino e a religião parsi seriam derrubados, e os arrogantes seriam subjugados. No lugar da casa dos ídolos e do templo do fogo, seria vista a Casa de Adoração (erguida) por Abraão sem qualquer ídolo dentro dela e sendo a Qibla para as orações. Eles (os seguidores dessa fé) seriam uma misericórdia para os mundos; tomariam os lugares dos templos dedicados ao fogo, subjugariam Madain, Tus, Balkh, os lugares sagrados para os zoroastristas e os territórios vizinhos. O Profeta (dessa nação) seria um homem eloquente e sua mensagem seria muito lógica.

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