Versa sobre a magnificência do Criador.
Louvado seja Deus, que é bem conhecido, sem ser visto, que cria sem ponderação. Que foi sempre existente, mesmo quando não havia o céu com cúpulas, altas portas com cortinas, nem a tenebrosa noite, nem o oceano em calmaria, nem montanhas com largas trilhas, nem serpenteantes estradas montanhosas, nem terra de espraiados planaltos, nem criaturas auto confiantes. Ele é Quem origina a criação, e o Senhor dela. É o Deus da criação e o seu mantenedor. O sol e a lua estão se movendo de modo equilibrado, obedecendo a sua vontade. Eles tornam velhas todas as coisas recentes, e próximas todas as coisas distantes. Ele distribuiu a sua sustentação e regulamentou-lhes os feitos e ações, enumerou-lhes as respirações, os olhares escusos e tudo o que está oculto em seus peitos. Ele conhece os seus lugares de estada e o último reduto, nas virilhas e nas entranhas até que atinjam seu final. Seu castigo, para os inimigos, é áspero, a despeito da extensão da sua misericórdia, e sua compaixão para o amigo é vasta, a despeito da aspereza do seu castigo. Sobrepuja a quem queira o ultrapassar, e destrói quem entra em colisão com Ele. Põe em desgraça quem se opõe a Ele, e tem controle sobre quem lhe oferece hostilidade. É suficiente para quem nele confia. Dá a quem lhe pede. Paga com juros a quem lhe empresta. Recompensa a quem lhe agradece. Ó criaturas de Deus, julgai-vos antes de serdes julgados, e tributai-vos antes de serdes tributados. Respirai antes da sufocação da garganta. Sede submissos antes que sejais asperamente guiados. Sabei que se o indivíduo não ajudar a si mesmo a agir como o seu próprio conselheiro e admoestador, ninguém mais poderá lhe dar conselho ou admoestação.