Por Assayed Mohammad Baqer Assdr.
Introdução do livro a seu autor
O livro em suas mãos é um extrato da tradução de “ Al-Tashaiio’ wal Islam ” (O xiismo e o Islã), o trabalho de um grande pensador contemporânio Ayyatollah Al-Odhma Assayed Mohammad Baqer Assadr. Se encontrar algumas falhas devido a interpretação em qualquer ponto do livro, isto se deve exclusivamente ao tradutor, falhas irrelevantes. Demais é dizer que um extrato ou resenho de um livro seja sumariamente lógico e profundo em pensamento, não é tarefa pequena. Se faz notar, mesmo assim, que o último capítulo do livro sob o subtítulo “ Um ponto antes da conclusão ”, foi omitida.
O Grande autor
O autor é um líder religioso contemporânio que tem uma original proximidade com todos os aspectos das Ciências islâmicas e sob os mesmo vieses. Não é um homem do vasto grupo, que obteve uma eminente posição escolástica somente com os resultados de seus grandes esforços e atividades, ou por conta de sua juventude na qual adquiriu enormes e profundos conhecimentos sobre diferentes ramos de estudos em tão poucos anos, o fato atribúi-se a sua grande visão. E óbvio que devemos considerá-lo um gênio entre a elite intelectual de todos os tempos. Apreciado leitor!, se você se acha entre os seletos com uma genuína inclinação para o estudo e tiver a oportunidade de assistir a alguma de suas conferências em Najaf (cidade sagrada no Iraque – local onde se encontra o túmulo do Imam Ali (A.S.) ), ou pelo menos de ler alguma de suas obras, seguramente consentirá com a opinião dada.
Detalham-se a seguir alguma de suas obras:
1.A nossa filosôfia.
2.O banco sem juros no Islã.
3.A nossa econômia.
4.Estudos sobre a interpretação do livro “ Entrelaçamento firme ”.
5.Os pilares lógicos da permanencia.
6.As novas questões dentro da religião.
Xiismo, o produto natural do Islam
Algumas pessoas tem estudado o Islã superficialmente. Opinam que o xiismo tem como motivo de sua existência o passar dos anos assim como certos incidentes políticos e sociais.
Outros atribuem a fundação do xiismo a um tal Abdullah ibn Saba, enquanto outros insistem que sua origem deu-se durante o governo do Imam Ali (A.S.) sob certas condições políticas e sociais, resultando em um insipiente xiismo.
Sob o nosso ponto de vista, tais estudantes opinam que o xiismo não tinha existência de uma maneira particular, posto que seus membros não eram numerosos.
Eles estabeleceram esse numero como medida, e consideraram os procedimentos e caminhos da maioria como a verdade, enquanto que o das minorias como fugaz e de menor importância. Se raciocinarmos podemos reconhecer que esta escola erroneamente opõem convicção à visão.
Por enquanto discutiremos sobre o xiismo e os xiitas e responderemos às duas perguntas:
1.Como surgiu o xiismo?
2.Como começaram os xiitas?
Como surgiu o Xiismo?
Em resposta a esta pergunta diremos que o xiismo é o elo entre a existência do Islã e o resultado natural dele. Quem quer que reconheça o Islã e o profeta Mohammad (S.A.A.S.) deverá ser guiado pelo mesmo.
O profeta foi guia de uma sagrada revolução cuja eficácia penetrou em todas as fases da vida, igualmente à luz e ao ar. Pôde tranformar aquelas ignorantes e selvagens pessoas, convertando-as em uma sociedade são e ordenada. Esta revolução, que teve sua origem no programa divino sob a tutela de seu conhecimento e seu superior guia, teve a capacidade de se expandir por todo o mundo.
Ainda quando esta missão prosperou sob a liderança do profeta Mohammad (S.A.A.S.), o tempo que ele teve à sua disposição foi breve, portanto seu progresso não alcançou maiores metas e seria urgente que após a ele (ao profeta), esta revolução prosperasse sob um líder inteligente e capaz.
A morte do profeta não foi repentina, e sim foi antecipada ao declamar, durante sua última peregrinação à Meca, que não permaneceria até o ano seguinte, e portanto se despedia de seu povo. Dispondo de tempo para pensar em sua missão e remover os possíveis impedimentos ao normal desenvolvimento da situação. Este é o dever de todo o líder revolucionário que seja capaz, que tenha fé em sua revolução e confiança em sua causa, ainda quando ele não tenha nenhuma relação com Deus.
Primeira hipótese
Neste vida terreno o profeta não pôde assumir menos que uma de três presunhções para defesa de sua revolução.
Suponhamos que o profeta tenha se responsabilizado pelo Islã e seus seguidores durante sua vida, é possível deixalos sem responsável depois da sua morte? Presumir tal coisa seria totalmente impossível por duas razões:
Primeira razão
Pouco provável seria o desenvolvimento e expansão do Islã se o profeta houvesse omitido ou negligenciado tal postura, além do que ele ficaria apreensivo no que se refere ao futuro da nação islâmica. Porém é óbvio que esta crença não é aceitável, pois salta à vista de qualqer pessoa sensata que o profeta não deixaria sem proteção ou sem um líder o Islã e seus seguidores, se fosse assim três perigos espreitariam:
Perigo n° 1
O muçulmano encontraria-se perplexo diante da morte de seu líder cujo governo, administração e organização não foram determinados, nã sendo capaz de raciocinar corretamente. É por isto que Omar Ibn Al-Khattab proclamou: “ O profeta não está morto nem morrerá ”.
E partindo do princípio que o muçulmano não pode se sustentar sem um líder religioso, faz-se imediata a adoção de um, e a seleção deste não poderia ficar em mãos de pessoas totalmente incapazes.
Perigo n°2
Posto que o muçulmano não havia ainda obtido uma maturidade mental e não era consciente do espírito islâmico assim como o profeta, o Governo Islâmico não poderia ser regido por pessoas que careciam de tais princípios.
Perigo n°3
Na morte do profeta, inimigos do Islã viram uma grande oportunidade para abafá-lo. Inimigos estes que fingiam ser muçulmanos a fim de aproveitarem a situação caótica formada logo após a morte do profeta Mohamad (S.A.A.S.) devido a eventual falta de um sucessor.
Todos conhecemos que abu Bakr, consciente de sua responsabilidade para com o Islã e o porvir dos muçulmanos elegeu-se como sucessor e quando foi criticado por tomar uma ação tão rápida referente às rendas do Governo Islâmico postas em suas mãos, respondeu que o povo não estava ainda afastado de sua ignorância primitiva e estavam próximos à rebelião após a morte do profeta.
Surge a pergunta: acaso o sagrado profeta não tinha a mesma responsabilidade (preocupação com o futuro do Islã) que abu Bakr? Acaso não tinha as mesmas inquietudes referentes ao Islã e o futuro dos muçulmanos tal qual os tinha abu Bakr?
Segunda razão
Uma vez que o profeta Mohammad (S.A.A.S.) estava consciente de sua responsabilidade e sabia que se o futuro do Islã fosse tratado negligentemente e nehum sucessor nomeado, os muçulmanos e o Islã encontrariam-se em perigo. Seria possivel o profeta proteger o Islã somente durante sua vida terrena e tirar alguma vantagem disto?
Qualquer pessoa inteligente compreende que esta não é uma razão plausível. Mesmo supondo que o profeta não tivesse uma comunhão com Deus e meramente expunha uma filosofia como muitas outras.
Qualquer fundador de uma escola de pensamento acredita na mesma, cuida de seu porvir e preocupa-lhe sua profissão e perpetuidade.
Afortunadamente a história da vida do profeta Mohammad (S.A.A.S.) é testemunha da fé sobre o que pregava e o quanto sacrificou por seu progresso. Sempre pensou no bem estar do Islã, por exemplo: antes de sua morte, havia dado ordens às tropas, comandadas por Oçama, para que comandassem e cuidassem da massa de pessoas angustiadas devido aos seus vírios desfalecimentos, durante seus últimos momentos de vida.
O profeta quem deu tanta importância a tão trival assunto como uma política de guerra, e que ainda nos últimos momentos de sua vida pensara nela, poderia negligentemente omitir o futuro do Islã deixando de lado um problema tão importante como a sucessão da nação islâmica?
Desconsideremos os pontos expostos e que um particular evento dos últimos instantes da vida do profeta seja levado em consideração, ainda assim é possível assegurar que o profeta Mohammad (S.A.A.S.) em todo momento pensava no futuro do Islã e dos muçulmanos. O evento a que nos referimos é unanimamente adimitido por xiitas e sunitas.
O profeta Mohammad (S.A.A.S.) jazia em leito de moribundo sofrendo de uma enfermidade mortal. Alguns muçulmanos rodeavam seu leito. Um deles era Omar ibn Al-Khattab. O profeta disse: “ Traga-me papel e tinta para que eu possa compôr algo para vocês, de maneira que não sejam levados por caminhos errados”. {Musnad Ahmad Hanbal Vol. 1, Pag 300; Sahih Muslim Vol. 2; O último testemunho do profeta Mohammad (S.A.A.S.); Sahih Al-Bokhari Vol. 1; Khitabos-solh}.
Esta ordem do profeta é a prova válida de que ele tinha em mente o futuro do Islã e dos muçulmanos. Acreditava ser necessário este ato para que logo após sua morte o Islã e os muçulmanos estivessem imunes aos perigos iminentes. Portanto esta hipótese não é aceitável.
Segunda hipótese
Dizemos que o profeta era consciente do futuro do Islã e da fé dos muçulmanos, e ao afirmarmos que ele encarregou o governo e o califado ao mútuo consenso do povo, este argumento não é aceitável por várias razões.
Primeira razão
Se fosse assim, o profeta Mohammad (S.A.A.S.) explicaria aos muçulmanos sobre a democracia e seus aspectos, porém todos os ditos atribuídos a ele não concernem a um governo por consentimento. Além do mais, os muçulmanos da época não conheceram essa forma de governo democrático. É por esta exlusiva razão que abu Bakr não confiou o Governo Islâmico ao consentimento popular logo após a morte do profeta Mohammad (S.A.A.S.), tanto que o transferiu a Omar e como resultado, os muçulmanos não se esvairam, tal como mostra a História.
Abu Bakr estava enfermo e ordenou a Othman que escrevesse seu testamento, no qual dizia: “ Minhas saudações para vós. Após os elogios e os louvores a Deus eu elejo a Omar ibn Al-Khattab como vosso chefe e líder, devem obedecê-lo e seguí-lo ”. Neste preciso instante chegou Abdul-Rahan ibn Awf e logo após algumas palavras, Abu Bakr disse: “ Elegi a um de vocês para vosso líder, enquanto todos vocês egoistamente desejam o califado para si mesmos ”.
Esta eleição feita por abu Bakr faz-nos concuir que ele não pretendia nenhuma idéia sobre governo embasado nos desejos do povo e considerou como sua prerrogativa eleger quem seria seu sucessor depois de sua morte. Portanto, quando o segundo califa foi ferido, o povo aglutinou-se incansavelmente sobre ele pedindo-lhe um testamento referente a seu sucessor. Mais uma vez, não havia consulta popular em termos políticos.
Segunda razão
Se o profeta Mohmmad (S.A.A.S.) houvesse deixado o rumo do governo Islâmico ao bel prazer da vontade da nação, previamente teria promulgado aos mesmos a fim de remover ao dificuldades religiosas ao Governo Islâmico, podendo funcionar normalmente.
Lamentavelmente, os eventos posteriores ao falecimento do profeta Mohmmad (S.A.A.S.) mostraram que os muçulmanos não eram dotados de cultura e possivelmente o califa ignorava de sua obrigação para com as terras ganhas em uma batalha. Ele deveria distribuir seus espólios entre os gerreiros e dedicá-la à comunidade em benefício do bem comum. Seria possível um profeta que havia predito a vitória sobre os imperios de Qaiser (César) e Kista (Cosrúes), manter os muçulmanos ignorantes das leis religiosas referentes às terras obtidas pela vitória?
Terceira razão
O Islã é uma religião absoluta não podendo ser superada por qualquer outra, cujo governo pleitea o dominio por meio de sua organização e cultura. Isso não levará a sociedade Islâmica ao progresso e a grandes realizações. De um lado tinhamos a sombra do profeta Mohammad (S.A.A.S.) por 10 anos, de outro lado, não seria possível que este povo selvagem e bárbaro pudesse adquirir cultura em tão breve tempo, quem dira um guia em todos os aspectos.
Portanto, de acordo com toda escola de pensamento, depois de seu fundador, os membros devem seguir sua missão progressivamente sob a liderança de seu sucessor de maneira a merecer tal escola. Acidentalmente a maioria dos contemporánêos do profeta Mohammad (S.A.A.S.) foram vítimas da ortodoxia e de maus hábitos e não estavam plenamente tomados pelo espírito do Islã, portanto não era possível eleger um guia meritório.
A História é testemunha do fato que o governo Islâmico finalmente se transformou em um reino hereditário, no qual homens de corações puros foram vilmente assassinados e a maioria desprovidos de seus bens e propriedades. Os mandamentos Islâmicos não passavam mais de um jogo e a religião estava por declinar em vez de ascender. Porque acontecia isto? Somente porque alguns muçulmanos estabeleceram um modo de ser que não era o Islâmico e o califado posterior à morte do profeta era uma forma de governo totalmente desapropriada para o momento.
Em conseqüencia, não é necessário dizer que esta segunda hipótese não é sensata e nunca poderia ter sido aceita pelo profeta Mohammad (S.A.A.S.).
Terceira hipótese
O profeta havia considerado tal problema, preocupando-se com o porvir dos muçulmanos e por isso havia nomeado uma pessoa honrada como seu sucessor pela vontade de Deus, de tal maneira a guiar o governo Islâmico após sua morte, pela força de sua liderança e eficiência em afastar os perigos que confrontavam o Islã e os muçulmanos a fim de levá-los ao progresso.
Esta eminente personagem deveria ter recebido sua cultura sob a sombra do profeta Mohammad (S.A.A.S.), sua existência vida amalgamado com a realidade do Islã e com a vida do profeta e sua alma se unido do com a do profeta.
A História testemunha que tal pessoa não era outra além de o prívcipe dos crentes o Imam Ali ibn abi Taleb (A.S.), para dizer a verdade ele disse em seu livro, o Nahjul Balagha: “ O profeta de Deus (S.A.A.S.) fortaleceu-me desde minha infância, adotou-me e fez-me compartilhar sua cama. O profeta instruia-me diariamente sobre éticas e excelências. Naqueles dias não havia outros muçulmanos salvo o profeta Mohammad (S.A.A.S.) e Khadija (A.S.), e eu era o terceiro após eles ”.
É tradicional, segundo Ibn Abbas em “ Hulyat-ual-Auliá ” que o profeta havia testado Ali por setenta razões as quais aplicavam a nenhuma outra pessoa.
Nissace relata que o Imam Ali (A.S.) disse: “ Quando eu questionava o profeta Mohammad (S.A.A.S.) ele respondia, e quando eu guardava silêncio ele se dirigia a mim ”. Nissace mais ainda diz que Um Salamah (uma das mulheres do profeta) disse: “ Eu juro por Deus que o Ali estava mais próximo ao profeta que qualquer outra pessoa ”.
É obrigação amadurecida da razão quem quer que seja de uma escola de pensamentos e tenha seguidores, uma vez que este é fiel aos crentes de tal filosofia, selecionando-o para seu sucessor e confiar-lhe sua liderança, fazê-lo conhecido por sua gente para que possam ser guiados por ele em perfeita harmonia sem diferenças, oposiçoes ou declinações.
O profeta faz o raozável em correção com Imam Ali (A.S.). Durante vários eventos fê-lo seu sucessor e líder dos muçulmanos e a tradição da casa (Hadith Addar) de seus componentes (Hadith Al-Thakalain) da superioridade (Hadith Al-Manzelah) e de Ghadir são testemunhas deste rogo.
Afortunadamente a História atesta que o Imam Ali (A.S.) era a única pessoa a quem recorriam para resolver os problemas. A organização do califado islâmico apesar de sua política externa estava obrigada a contatar o Imam Ali (A.S.), porém o Imam não recorria aos demais.
Tais fatos elucidam queo xiismo apareceu através do próprio Islã e o mesmo profeta Mohammad (S.A.A.S.) fundou-o com auspício do decreto divino. O xiismo é razão de o Islã e o muçulmanos declinarem e se oporem a fim de obter perfeição e progresso. Também é única inatural progênie do Islã sendo sua incumbência dar-lhe vida, uma vez que o verdadeiro Islã pós – morte do profeta Mohammad (S.A.A.S.), o qual avançou pelo caminho prescrito pelo profeta segundo o desejo de Deus.
Como se desenvolveu o xiismo?
Examinamos as circunstâncias responsavéis pela aparição do xiismo, agora queremos discutir a pergunta a cerca de como começou o xiismo, o que conduziu à divisão dos muçulmanos em dois grupos denomiados xiitas e sunitas.
Ao observarmos o início do Islã descobrimos os muçulmanos divididos em dois grupos de diferentes crenças e convicções.
Um grupo acreditava que para questões materias, nas quais a lei religiosa era correta e clara, deveria haver um mandamento particular sobre o qual não seriam formadas interpretações ou conveniências. O outro grupo acretidava que este caminho só era limitado pelas orações, problemas mistériosos, e que a conveniência de assuntos externos teria prioridade, inclusive quando os mandamentos religiosos fossem corretos.
Já que o segundo vies está baseado nos desejos homanos, seus seguidores aumentaram em número de tal maneira que os velhos companheiros do profeta incluindo pessoas como Imam Ali (A.S.) e Omar ibn Al-Khattab uniram-se a eles.
Em numerosos casos eles imporam suas opiniões pessoais, anulando os mandamentos do profeta Mohammad (S.A.A.S.), tal como no caso do tratado de “ Hudaibiiah ” no qual criticam o profeta, revogaram o “ Hayya ala khairel amal ” do Adhan, e proibiram estritamente a “ Hajjatel Tamatto’ ” e o “ Mut’atul nissa’ ” (casamento temporário). {Sahih Muslim, Vol. 6, Pag. 33}.
A tradição segundo ibn Abbas diz: “ Quando o profeta Mohammad (S.A.A.S.) pediu papel e tinta para trancrever algo de maneira que o povo não se equivocasse no futuro, enquanto sofria momentânio debilitamento, Omar disse que o Alcorão seria suficiente para guiá-los. Isto causou discordância entre os presentes. Alguns insistiram que a ordem do profeta fosse cumprida e provido-o de tinta e papel; outros estavam de acordo com Omar ibn Al-Khattab. Quando começaram a discutir entre eles, o profeta Mohammad (S.A.A.S.) ordenou-lhes deixá-los a sós”. {Sahih Bokhari, Vol 3. Cap. A doença do profeta; Sahih Muslim, Vol. 5}.
Estes incidentes foram relatados tanto por xiitas como por sunitas são suficientes para destacar duas crenças diametralmente opostas.
Agora menciona-se um novo incidente
Quando o profeta fez de Oçamah comandante do exército do Islã, alguns companheiros recuzaram-se obedecer suas ordens. Apesar de estar gravemente enfermo, o profeta Mohammad (S.A.A.S.) saiu de sua casa e dirigiu-se ao povo: “ Que é isto que escuto em ralação a Oçamah? Vocês não somente criticam a liderança de Oçamah, senão também a de seu pai. Por Deus, seu pai era merecedor de uma liderança e também o é seu filho! ”. Devido a este incidente é evidente que mais pessoas obedecendo ás ordens do profeta aceitaram a ordem de Oçamah; outros atenderam seus impulsos e não obedeceram a Oçama. Estas duas controvérsias e pontos de vista totalmente diferentes criados na comunidade muçulmana resultaram na diferença do califado Islâmico e do governo.
O primeiro grupo aceitou o califado Islâmico e o governo prescrito pelo profeta Mohammad (S.A.A.S.), admitindo a pessoa a quem o profeta indicou como seu líder e chefe.
Este grupo denominou-se xiitas. O outro atuou segundo suas opiniões, conduziram o Islã e ao califado por um caminho que não foi estipulado pelo o profeta, consideravam-no mais adequado aos seus desejos, contrariando o profeta e não reconhecendo o Imam Ali (A.S.) como califa e líder dos muçulmanos, criticando mais que opondo-se àqueles que quiseram instalar outra pessoa neste eminente posto. Os que opuseram naquele momento ao califado de abu Bakr, cuja menção está nos livros xiitas e sunitas, inqluindo Salman (o perso), abu Dhar, Mokdad e Ammar ibn Iaçer, eram aliados e seguidores de Imam Ali (A.S.), e foram denominados de acordo com a ordem do profeta, xiita, palavra árabe que significa “ Seguidores ”; “ Ali ” e “ Amigo ”, devido a orden do profeta Mohammad (S.A.A.S.) a qual faz de Imam Ali (A.S.) seu sucessor e chefe dos muçulmanos. E os crentes deveriam permanecer amigo e fiéis a ele.