Em Nome de Deus, o Compassivo, o Misericordioso
“…diga a meus servos para usarem as melhores palavras…”
O mundo islâmico está passando por uma fase crítica e confusa perante os complôs dos arrogantes poderes do mundo em todas as suas formas. Por trás destes poderes está o Sionismo que planeja dia e noite lesar o Islam e os muçulmanos, seus territórios e distorcer a religião como algo retrógrado e terrível. Por vezes, utilizam-se de jornais europeus pagos para atingirem o Islam com caricaturas denegrindo o Profeta ou publicando elogios de políticos aos ‘artistas’ que executaram esse ato vergonhoso. Houve, também, o caso do pastor de uma pequena e desconhecida igreja americana que ameaçou queimar o Alcorão Sagrado e provocar cisão entre os seguidores das Mensagens Divinas, demonstrando profundo desrespeito a Deus, o Altíssimo, e aos sentimentos de milhões de muçulmanos, 1/3 da população do mundo.
Eles fazem isto para manter os muçulmanos ocupados com complôs e inimizades contra o mundo islâmico, Palestina, para distrair a nação Islâmica e a nação árabe do planos Sionistas de ocupação, abuso e destruição da Palestina ocupada.
Conseqüentemente, nossa nação islâmica e árabe devem coordenar uma consciência perspicaz com os perigos pelos quais estão passando. Eles devem unir palavra e ação e dirigir suas energias contra os inimigos, os ocupantes e os agressores de nossa dignidade.
A natureza, a proporção e os métodos da batalha de hoje exige total vigilância e proteção contra os inimigos que buscam boicotar nossos objetivos. Todas as energias devem ser direcionadas contra o inimigo sionista e os ocupantes da Palestina. Além disso, as energias devem estar focadas na prevenção de qualquer provocação ou declaração, para que não seja aceso o fogo da cizânia, uma vez que se ela for introduzida entre os muçulmanos não haverá vitoriosos e todos pagarão o preço. Neste caso irão perder a batalha e o fogo irá consumir a todos.
Esta questão requer a participação de todos: pensadores, sociedades, centros e organizações políticas, sociais e religiosas para que tratem dos objetivos a serem atingidos e da Nação Islâmica a qual pertencem e não permitirem que qualquer pessoa, partido ou grupo enfraqueça a unidade entre os muçulmanos. Deus, o Altíssimo, disse no Alcorão:
‘E obedecei a Deus e ao Seu Mensageiro e não disputeis entre vós, porque fracassaríeis e perderíeis o vosso valor. E perseverai, porque Deus está com os perseverantes.’ (8;46)
O poder dos muçulmanos advém de sua união e sublimidade de ideal na medida em que seus inimigos o confrontam por diversos meios, uma vez que não nos consideramos meros indivíduos, religiões ou seitas, mas uma nação. Se o inimigo confronta uma pessoa ou uma corrente religiosa nossa, não a considera isoladamente, mas como parte de uma nação e um componente forte e inseparável da mesma.
Portanto, rejeitamos, desaprovamos e denunciamos cada ação que tenha o intuito de enfraquecer nossa instituição e nação islâmica, não importa a origem, região ou religião de onde provenha. O único desejo deles é o de destruição e enfraquecimento nosso. Aquele que fala de oposição dos sunitas contra os xiitas e vice e versa, não tem nada a ver com eles, de fato.
Todo aquele que denigre a posição dos companheiros do Mensageiro de Deus e suas esposas, mães dos fiéis, e profere palavras obscenas que extrapolam o bom senso e a moralidade, não representam, não fazem jus e nem desejam o bem aos xiitas. Da mesma forma, aqueles que procuram denegrir o Ahlul Bait (a.s.) e seus seguidores não deseja nenhum bem aos sunitas, mas sim o mal para todos.
Somos uma nação que respeita o Ahlul Bait (a.s.), os companheiros do Mensageiro de Deus (s.a.w.a.w.s.) e aqueles que os seguem. Apreciamos e admiramos o legado, o sacrifício e a virtude deles. Nunca dizemos algo falso acerca deles e nunca levantamos falsas acusações contra eles para não contribuir com a confusão no mundo islâmico e acender a chama da cizânia. Se agirmos assim, nossos inimigos sairão vitoriosos e teremos grandes perdas aqui e na outra vida. Devemos, portanto, temer a Deus e vigiarmo-nos. Devemos, também, fazermos o possível para alinhar nossas forças e estreitar nossas relações e nunca deixar que nada nos enfraqueça ou degrade nossa personalidade islâmica. Imploramos a Deus, o Altíssimo, para unir o mundo islâmico sob a sombra da bem, da piedade e da orientação correta.
Todo louvor é devido a Deus, o Senhor dos Mundos, e que a paz de Deus esteja sobre o Profeta Muhamad (s.a.w.a.w.s.), Sua pura linhagem, seus abençoados companheiros e todos os Profetas e Mensageiros (a.s.).
“… certamente Deus apoiará aqueles que O apóiam, Ele é o Poderoso, o Onipotente.”
Sheikh Taleb Hussein Al- Khazraji
Centro Islâmico no Brasil
Domingo, 10 de Shawwal de 1431