Religiões: cristianismo

O Cristianismo

Introdução

Entre o Cristianismo e o Nestorianismo está a religião de Cristo (a.s.). O nascimento e crescimento de Jesus, filho de Maria (que a paz esteja com ambos), os aspectos de sua vida e os milagres que realizou têm seus defensores ideológicos, teóricos e até políticos. Ao longo da história, multiplicaram-se as opiniões de seus seguidores, a sociedade cristã se dividiu em grupos e seitas, que se dividiram ainda mais com o passar do tempo e em diferentes locais. Alguns grupos terminaram por assumir um papel de protagonista, reagindo ao movimento geral, reprimindo, por meios até mesmo violentos, os grupos com visões diferentes a respeito de questões dogmáticas. Consideramos aqui importante conhecer alguns aspectos dessa religião, baseando-se em uma séria de fontes, sendo a principal delas a Enciclopédia Filosófica Árabe.

Religião Nazarena

Apresentação:

Denomina-se de nazarena a religião revelada por Deus, o Altíssimo, a Jesus, filho de Maria (a.s.). Seu livro é o Evangelho e seus seguidores são denominados de nazarenos, devido à cidade de Nazaré , na Palestina, onde o Profeta Jesus (a.s.) passou sua infância. Essa denominação era aplicada aos primeiros crentes. Posteriormente, foi estendida a todos os que seguiam seus ensinamentos.

Os nazarenos acreditam que Maria (a.s.) ficou grávida de Jesus (a.s.) e deu à luz o menino em Belém, cidade também situada na Palestina. Crêem que ele falou na infância. No entanto, Maria (a.s.) foi desacreditada por seus concidadãos judeus. Perseguida, fugiu com a criança para o Egito e, depois, para a Síria. Quando ele estava, então, com doze anos de idade, Maria (a.s.) seguiu para a aldeia chamada Nazaré, onde permaneceu até que os romanos o prenderam e o levaram diante César, o imperador romano na Síria.

Ao longo de sua missão, o Profeta Jesus (a.s.) teria arregimentado doze apóstolos, que enviou como embaixadores para as diversas regiões do Oriente Próximo com a missão de divulgar a sua religião. Quatro deles, os mais famosos, são os que se propuseram a escrever o Evangelho: Marcos, Mateus, Lucas e João. Eles escreveram uma espécie de biografia de Cristo (a.s.), desde o seu nascimento até a sua elevação aos Céus. Cada um deles escreveu uma versão particular da experiência de Jesus (a.s.) em uma língua em particular (grego ou aramaico).

Entre a religião Nazarena e a Cristã

Alguns escritos dizem que após a ascensão de Jesus, vivo, aos céus, e a inspiração do Espírito Santo aos seus apóstolos e seguidores, eles se lançaram para a divulgação do Evangelho. Enquanto a mensagem ficou restrita à Palestina, eles foram denominados nazarenos. Quando o cristianismo se espalhou pela Síria e regiões além, as pessoas passaram a chamá-los de cristãos.

Além da sua própria mensagem evangélica, Cristo (a.s.) seguia alguns preceitos da Lei Mosaica. Assim sendo, os apóstolos, em sua divulgação do cristianismo, também a seguiam. Por exemplo, freqüentavam o templo judaico (sinagoga), guardavam os dias comemorativos dos judeus, praticavam a circuncisão, o jejum e observavam as demais leis da Torá.

Havia nestes princípios do cristianismo, portanto, uma convivência entre aspectos da religião mosaica e da nova religião cristã, que estava no nascedouro. Os seguidores de Cristo eram judeus e seguiam a Torá e o Evangelho, conjuntamente. Eles pregavam a crença em Moisés e Jesus (a.s.) e aplicavam tanto o batismo como a circuncisão.

O cristianismo, porém, se espalhou rapidamente entre os gentios , fazendo crescer o número dos cristãos entre os povos do Oriente Próximo e ultrapassando o número dos judeus nazarenos. Os cristãos passaram, então, a não mais seguir a Lei de Moisés (a.s.) nem praticar a circuncisão, o que criou um comportamento antagônico entre os dois grupos. Os nazarenos judeus pregavam a prática conjunta da Torá e do Evangelho, enquanto os cristãos gentios seguiam somente o Evangelho, abandonando a Lei Mosaica e a circuncisão. Dessa maneira, criavam e firmavam uma identidade própria, distinta do Judaísmo.

A Trindade

O Cristianismo, porém, abandonou aos poucos a compreensão da unicidade de Deus, seguindo uma orientação enigmática formada durante o século IV da Era Cristã. Essa crença, que hoje constitui um dos seus dogmas, continua sendo ponto de discordância dentro e fora do Cristianismo: a Trindade. Simplesmente, a crença na Trindade diz que Deus é a união de três seres sagrados – Pai, Filho e Espírito Santo – num só.

Os nazarenos acreditam que Deus é um só em essência e três em pessoas. Eles explicam a essência como a Personalidade e a personificação como atributos, como a existência, o conhecimento e a vida. Eles descrevem a personalidade com a vida pelo Espírito Santo e Deus como Divindade; descrevem o homem com a natureza humana e o Verbo anunciado a Maria (a.s.), engravidando do Cristo (a.s.), considerando-o a terceira das três pessoas.

À medida que o Cristianismo, agora separado do Judaísmo, se expandia, novos teólogos surgiam, apontando para novas direções de entendimento em torno da natureza de Cristo (a.s.). Um deles foi Ário, para quem o Cristo foi criado e Deus seria, portanto, anterior a ele.

Para dar um fim às disputas teológicas e garantir um mínimo de unidade aos dogmas cristãos, um grupo de trezentos e dezoito bispos reuniu-se na cidade romana de Nicéia, com a presença de Constantino, o Imperador romano. Eles, então, definiram algumas bases do credo cristão – que constituiriam os fundamentos da Igreja Católica Apostólica Romana – afirmando que quem as abandonasse estaria deixando a religião nazarena. Shahrastani, em seu livro “Milal wa Nihal” (Seitas e Profissões), cita um trecho de um texto redigido durante o Concílio: “Cremos no Deus Pai, Soberano de tudo, Criador do visível e do invisível, no Filho Único, Jesus Cristo, Filho Primogênito de Deus, não criado, Deus verdadeiro, de Deus verdadeiro, da essência do Pai por cujas mãos foram todos os mundos aperfeiçoados e tudo que foi revelado do céu por nossa causa e para nossa salvação. Ele foi incorporado pelo Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria; foi crucificado perante Pilatos e foi enterrado. Ressuscitou no terceiro dia, ascendeu aos céus, sentou à direita do Pai, e que voltará novamente para redimir os vivos e os mortos. Cremos no Espírito Santo, vivo, que saiu do Pai, no batismo para o perdão dos pecados de um só grupo santo cristão, patriarcal, e na ressurreição dos nossos corpos para a vida eterna.”
Os nazarenos, como consta no cânon da crença atanasiana, crêem em “um Deus em três e três em Um, que é o Pai, e o outro que é o Filho, e o terceiro que é o Espírito Santo. Os três formam um só Deus e não três deuses. Os três juntos são eternos e iguais. É dever de quem tem esperança na salvação acreditar na Trindade.”

Pode-se dizer que as citações do Evangelho a respeito da Trindade são obscuros. O Evangelho, na realidade, não cita a questão em absoluto. No Evangelho de Mateus (19:28), vemos que o Cristo (a.s.) pede para os apóstolos transmitirem a mensagem para todos os povos, nessa tarefa denominada de “grande missão”. A expressão “(…) batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” é um acréscimo ao texto evangélico. Jesus (a.s.) não a citou por dois motivos:

1. O batismo, nas primeiras etapas da história da Igreja, como citado por Paulo em sua Epístola, foi praticado em nome de Jesus e não em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo;

2. a “grande missão” apareceu no primeiro Evangelho, o de Marcos, sem citar o Pai, o Filho e o Espírito Santo. (Marcos, 16:15).

Quanto à única citação da Trindade no Evangelho, está na 1ª Epistola de João (5:7). Contudo, sobre o trecho que diz “três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um”, os pesquisadores contemporâneos reconhecem que foi acrescentado em períodos posteriores.

Assim, podemos inferir que a Trindade não foi citada por Jesus (a.s.) ou por qualquer um dos demais Mensageiros Divinos (a.s.). Ou seja, essa crença, basilar para todos os cristãos, é criação humana.

Estabelecimento das Bases do Cristianismo

Quando se estuda a vida e obra de Paulo de Tarso, considerado o fundador efetivo do cristianismo, verifica-se que ele foi responsável pelo estabelecimento de muitos dogmas cristãos – ao ponto de alguns sugerirem a denominação de “Paulismo” em lugar de Cristianismo. Contudo, a Trindade não constava das crenças que ele criou. Essa noção surgiu e se solidificou quando se passou a difundir a idéia de que Jesus é “o Filho Sagrado”.

Como o filho necessita de pai, era necessário que houvesse um meio de revelação de Deus aos seres humanos. Podemos dizer que Paulo apenas citou os nomes principais – Pai, Filho e Espírito Santo – sendo que os religiosos cristãos, posteriormente, reuniram todos num só.

O primeiro a utilizar o termo “Trindade” foi Tertuliano. Ele foi um advogado e prelado que viveu em Cartago durante o século três da Era Cristã. Nesse período, lançou a teoria segundo a qual o Filho e o Espírito Santo participam da personificação de Deus e que eles e o Pai constituem uma só Pessoa.

O debate sobre a Trindade, contudo, acirrou-se no ano 318 entre dois religiosos de Alexandria: Ário, diácono da Igreja local, e Alexandre, o seu bispo. O imperador Constantino teve de intervir na disputa.

Apesar da crença cristã constituir enigma incompreensível para Constantino, ele entendeu que a existência de uma igreja unificada era necessária para que o seu império conservasse o poder. Quando o diálogo falhou em solucionar o problema, Constantino convocou o 1º Concílio da história do cristianismo para resolver a disputa. Depois de seis semanas, no ano 325, reuniram-se os trezentos e dezoito bispos em Nicéia e o Concílio terminou com o estabelecimento do princípio da Trindade. A partir de então, o Deus no qual os cristãos acreditam passou a ter três dimensões ou aspectos na pessoa do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

A Igreja impõe o seu peso

A questão, porém, acirrou os ânimos, apesar da esperança do Imperador Constantino. Ário começou a discutir com o novo bispo de Alexandria, mesmo durante a assinatura do cânon de Nicéia. A partir de então, o Arianismo passou a agregar quem não acreditava na Trindade.

Porém, o Cânon de Nicéia só foi oficializado no ano 451, com a aprovação do Papa, durante o Concílio de Calcedônia. A partir dele, considerou-se incrédulo quem se opusesse à Trindade. A sorte daqueles que não acreditavam nela foi a tortura e a morte. Os cristãos começaram a matar e a torturar milhares de seus próprios irmãos de fé, devido à diferença de opinião. O debate permaneceu, porém, sem que os castigos selvagens e as sentenças de morte terminassem com a divergência, que continua até hoje.

Os seguidores unitaristas cristãos permaneceram com a sua crença na opinião de Ário, dizendo que Deus é Um só. Eles não acreditam na Trindade. Os seguidores dessa seita têm a esperança de que os demais cristãos retornem aos ensinamentos verdadeiros de Jesus (a.s.), que vemos no Evangelho no seguinte verso: “Adorarás o Senhor teu Deus, e só a Ele servirás.” (Lucas:4:8)

As Seitas Cristãs

Ao longo de sua história, o Cristianismo se dividiu em várias seitas. Em vários momentos, elas entraram em luta entre si, cada uma alegando ser a dona da verdade cristã, rejeitando todas as outras. Ainda hoje, cada uma delas alega que é a única que compreende corretamente a religião, o papel do Messias e a trindade, entre outros dogmas.

Entre as seitas cristãs mais conhecidas, temos:

Melquitas

Seu nome vem do termo semítico “melek” – em árabe malik – que significa “rei” ou “imperador”; foram denominados assim por terem apoiado a resolução aprovada por Constantino, durante o concílio que ele convocou. Esse grupo seguiu o texto aprovado pelos reis e, por isso, foram assim denominados. Acreditam que uma parte do Divino se uniu ao humano. Eles chegaram a dizer que o verbo, ou seja, o conhecimento personificado, uniu-se ao corpo de Jesus, blindando a sua natureza humana. Ou seja, ambos se misturaram, como o vinho e a água se misturam ao leite. Os melquitas reconhecem a trindade e dizem que tanto o Pai, como o Filho e o Espírito Santo são Deus. Eles dizem também que o Messias é antigo e sempre eterno, que Maria deu à luz a um Deus Eterno, designando a paternidade e a filiação a Deus, exaltado seja, ao Messias. Dizem: “O Messias é humano na sua totalidade, e não em parte”. Alegam que a morte e a crucificação aconteceram ao humano e ao divino ao mesmo tempo. A sua seita espalhou-se pela Síria, Egito, Jordânia e Palestina. A maioria dos seguidores desta seita fala o árabe.

Nestorianos

Seita que surgiu na época do Califa Abássida Al-Ma’amun (século XIX da Era Cristã), encabeçada por Nestório, Patriarca de Constantinopla. Ele utilizou os Evangelhos de acordo com a sua opinião, dizendo: “Deus é um só com três pessoas: A existência, o conhecimento e a vida”. Alegava que essas pessoas não são acréscimos a Si nem são Ele, que a palavra se uniu ao corpo, não para se misturar, como dizem os melquitas, nem na forma ou aparência, como dizem os jacobitas, mas como o reflexo do sol sobre o cristal, ou como o aparecimento da inscrição na vela, se estampada com carimbo. Dizem que Maria não deu à luz a um deus, mas a um ser humano. Que Deus, o Altíssimo não gerou um ser humano, mas um deus. Para eles, a divindade e o ser humano são duas jóias, duas pessoas que se uniram na vontade.

Eles contrariam a questão da morte e da crucificação tal como é descrita nas seitas melquita e jacobita. Dizem que a morte e a crucificação aconteceram a Jesus por seu lado humano e não divino, porque Deus não sente dores.

Quando Nestório protestou contra a denominação “Maria, Mãe de Deus”, sendo Patriarca de Constantinopla, houve a convocação de um concílio, no qual rejeitaram a sua alegação e o excomungaram. Eles estabeleceram que Maria deu à luz um deus, Jesus Cristo. Esse grupo se espalhou entre os povos orientais das região do Eufrates e de Mossul, no atual Iraque, e em algumas regiões da Pérsia, atual Irã.

Jacobitas

As opiniões e as afirmações sobre a denominação dos jacobitas se diversificam. A maioria diz que o nome vem de um homem chamado Jacob. A seita defende que Jesus é Deus. Seus integrantes acreditam na trindade, mas afirmam que a palavra se tornou carne e sangue e que Deus se tornou Jesus. Eles acreditam na união de Deus com o ser humano numa só natureza, que é Jesus. Deus, na sua crença é Jesus que morreu, foi crucificado, e o mundo permaneceu durante três dias sem Preparador.

Alguns deles afirmam que o divino apareceu no humano e se tornou o humano Jesus, o aspecto verdadeiro, não tendo se estabelecido em uma parte dele, meramente, nem por meio da união do verbo. O anjo apareceu em forma humana e o demônio em forma de animal. A maioria diz que o Messias é constituído de uma só essência, mas, na realidade, é constituído de duas essências. Ainda dizem que é uma natureza em duas. Assim, uniu-se o Criador e a criatura, ou “o Antigo e o inovador.”

Eles acreditam que o divino e o humano se uniram e se mesclaram, como a água se mescla com o vinho. São uma só essência, uma só pessoa, uma só natureza. Os jacobitas vivem no Egito, no Sudão, na Núbia e na Etiópia.

Católicos

Têm crenças específicas em muitas questões:

a) Maria: É a Virgem, preservada dos desejos, do pecado original, bem como de qualquer outro pecado. Por isso, é chamada, também, de “Imaculada”. O Concílio de Trento (1545-1563) anunciou a sua completa inocência, sua completa pureza e a colocou acima de todos os santos. A crença na concepção sem mácula, que inocenta Maria do Pecado Original, foi introduzida no ano 1854.

b) Os anjos: Foram criados antes dos seres humanos. São seres espirituais, organizados em classes, como Serafins e Querubins.

c) Os Sacramentos Divinos: Princípio axial do cristianismo. Recorrer àquilo que é misterioso ou ambíguo, oculto ou sagrado, é um fenômeno de destaque no cristianismo. Há sempre a recorrência ao mistério ou à apresentação deste como crença necessária, que paria acima da razão e fora dela. Diz-se, de vez em quando, que não é contrário a ela ou antagônica. Faz parte apenas de pontos particulares, ou possui um dito específico, que alguns não entendem. A Igreja Católica Romana, desde o século XII, e após, com o Concílio de Trento, definiu sete mistérios, que são: Batismo, Confirmação, Penitência, Eucaristia, Ordem Sacerdotal, Matrimônio e Extrema Unção dos Enfermos. O mistério é uma graça que o católico alcança através de um símbolo; ele se purifica, e purifica a alma, tomando a dádiva que Deus lhe concedeu.

O Batismo: é o sacramento da regeneração pela água na Palavra, cuja morte foi decretada pelo pecado. Constitui-se num ato único, que libera o cristão dos pecados. Deve ser aplicado antes de qualquer outro sacramento. No batismo, dá-se o nome ao recém-nascido. Pode ser aplicado pelo bispo, o presbítero ou pelo diácono.

A Confirmação: É aplicada para renovar a vida espiritual no batizado, para fortalecer a alma e completar o que foi iniciado no primeiro sacramento, introduzindo as virtudes do Espírito Santo no batizado. Ela é aplicada aos dez anos de idade, numa cerimônia particular, pelo bispo da cidade: É aplicada na testa óleo de miron (uma mistura de bálsamo e óleo de oliva que foi benzido na quinta-feira anterior à Páscoa). É desenhada uma cruz sobre a fronte da criança e diz-se: “Com a marca da cruz eu te crismo com o miron da salvação, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.” Então, o sacerdote dá um suave tapa no rosto, lembrando o que o crismado irá enfrentar por causa do amor ao Cristo. Então, o padre abençoa a todos.

Eucaristia: É o principal sacramento do cristão católico. Abrange essencial e efetivamente o espírito de Cristo e sua divindade dentro do pão e do vinho. Com ela, o próprio Cristo penetra no corpo do cristão. A eucaristia alimenta o espírito, como o pão alimenta o corpo. Por seu intermédio são perdoados os pecados. A eucaristia é obrigatória para os católicos, ao menos uma vez por ano, no ritual da páscoa, ou quando estiver correndo perigo de morte. Suas condições: A confissão, a abstenção dos alimentos e bebidas alcoólicas três horas antes, a não ser em caso de enfermidade. Foi instituída pelo próprio Cristo. Seus elementos: pão de trigo, vinho de videira de qualquer cor. A sua celebração é complexa, composta de vários movimentos, seguindo-se os movimentos que teriam sido feitos pelo próprio Cristo. Somente os sacerdotes e os padres ordenados podem celebrá-la.

A Confissão: É o sacramento do pecador, feito perante o padre, em reclusão, confessando os pecados cometidos contra os mandamentos de Deus e da Igreja. O confesso consegue se livrar dos pecados com o perdão, depois de pagar o que lhe é imposto pelo padre como compensação através de caridades, de penitências, ou abstinências. A Igreja Católica dá grande importância ao sacramento da confissão. Junto com o batismo, são consideradas as duas únicas formas de salvação. A confissão tem detalhes, condições e graus para livrar o confesso de seus pecados. O próprio Cristo teria dado aos seus apóstolos a autoridade de perdão. Ele disse a Pedro: “O que você atar na terra, será atado no céu.” Cristo, também, após a sua ressurreição, disse aos apóstolos: “Os pecados que perdoardes serão perdoados”.

A Extrema Unção: Foi assim denominado porque é o último sacramento que o católico recebe. Ele é dado ao agonizante ou à em risco de morte, como condolência para a alma e homenagem ao corpo. A obrigação é que o enfermo ou o ungido esteja num local limpo, ou em leito coberto com lençol branco. O enfermo faz a confissão e então o sacerdote lhe concede a eucaristia, unta-o com azeite nas partes dos cinco sentidos, recitando certos textos. Então, concede-lhe o perdão papal completo. A Igreja não permite a quem tem um grau inferior conceder a extrema unção.

A Ordem Sacerdotal: Sacramento através do qual é concedia a autoridade sacerdotal que Cristo entregou a alguns de seus apóstolos para servirem espiritualmente à Igreja. Essa concessão continuará até a volta de Cristo, nos últimos tempos. A ordenação é feita colocando-se a mão sobre a cabeça do proposto, recitando-se alguns textos específicos, com a condição de que o proposto seja uma pessoa de bem, nascida de casamento católico, solteira, adulta, tendo a instrução exigida, prometendo castidade, pobreza e obediência durante toda a vida. A classe sacerdotal desempenhou um papel destacado no desenvolvimento do conhecimento religioso e histórico cristão.

O Casamento: Sacramento que une duas pessoas batizadas, adultas, para toda a vida, em matrimônio. Com isso obtêm a dádiva de exercer as obrigações conjugais. A Igreja Católica não reconhece o divórcio. O casamento é oficiado perante o padre ou o sacerdote, numa cerimônia chamada de enlace matrimonial. O casamento é submetido a certos cultos, organizações e regras, que regulamentam sua validade, sua anulação, os tempos propícios, entre outros aspectos.

 

 

 

 

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