As características e atributos do grande Profeta Mohammad (S.A.A.S.)

O Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) disse: “Deus, o Altíssimo, criou suas criaturas e as fez dividiu em dois grupos, me colocando no melhor dos grupos. Em seguida fez as tribos e me colocou na melhor das tribos. Depois situou todos em suas casas e me colocou na melhor das casas. Portanto, eu sou o melhor entre vós, entre as tribos e entre as casas”.

O Imam Ali (A.S.) disse: “Antes que o Profeta Mohammad (S.A.A.S.) fosse nomeado como Mensageiro de Deus ele era conhecido por vinte atributos proféticos. Bastaria um deles para demonstrar sua majestade, imaginem então ter todos os atributos unidos. Ele era conhecido como um profeta confiável, verídico, esperto, autêntico, nobre, reverenciado, eloquente, aconselhador, racional, virtuoso, devoto, asceta, generoso, mequense (oriundo de Meca), satisfeito, humilde, perseverante, misericordioso, digno, paciente, acessível e companheiro. Ele não se misturava com os feiticeiros ou videntes. Ele tinha a mão mais generosa entre todas as pessoas, o peito mais corajoso, a língua mais verdadeira, era a pessoa mais fiel, mais delicada e mais amigável, e quem o via era simplesmente atraído por sua personalidade. Quem se envolvesse com ele o amava, pois não há ninguém como ele, nem antes e nem depois dele.

A coisa que o Profeta Mohammad (S.A.A.S.) mais odiava era a mentira.

Quando sabia que alguém de sua casa tinha mentido evitava a pessoa, mesmo se ela pedisse perdão.

O Imam Assadeq (A.S.) disse: “O Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) dividia seus momentos entre seus companheiros. E olhava de forma igual para todos”.

Anas, o empregado do Profeta Mohammad (S.A.A.S.), disse: “Quando o Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) sentia a falta de alguém por três dias ele perguntava sobre a pessoa. Se estivesse longe orava por ela, e se estivesse perto ia visitá-la, fazendo o mesmo se a pessoa estivesse doente.

O Imam Assadeq (A.S.) disse: “O Anjo Gabriel foi ao Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) e o aconselhou a ser humilde. O Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) comia a mesma refeição do servo e sentava com ele, repleto de humildade diante de Deus, o Altíssimo”.

O Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) era dotado de grande modéstia e pudor.

Abu Mas´ud disse: “Um homem que procurava o Profeta Mohammad (S.A.A.S.) o achou e começou a conversar com ele, mas estranhamente ele tremia durante a conversa. Então, o Profeta (S.A.A.S.) disse a ele: “Acalme-se, não sou um rei. Eu sou o filho de uma mulher que comia farinha”.”

Anas disse: “Servi ao Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) por vinte anos. Juro por Deus que ele jamais me reprovou ou me questionou perguntando o por que de fazer isso ou aquilo”.

Foi dito ao Mensageiro de Deus (S.A.A.S.): “Por que não deitar em uma peça de tecido ao invés deste tapete de folhas?” Então, ele (S.A.A.S.) respondeu: “Não tenho nada neste mundo. A minha presença nesta vida é como a de um viajante que caminha num dia de verão, ele fica debaixo da sombra de uma árvore por uma hora e em seguida a deixa para seguir caminho”.

Ibn Abbas disse: “O Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) e sua família passavam noites seguidas com fome, sendo que a principal refeição deles era pão de chia”.

O Imam Ali (A.S.) disse sobre o Profeta Mohammad (S.A.A.S.): “Jamais venceu uma injustiça para que uma lei divina seja descumprida. Sempre demonstrava ira contra aquilo que também era objeto da ira divina”.

O Mensageiro de Deus não sentava nem se levantava sem recordar a Deus, não pedia que fosse reservado local para ele e não aceitava essa prática, sentava onde terminava o grupo de pessoas e pedia que todos também agissem dessa maneira, era igual a todos os que estavam no grupo dando a mesma atenção à todos, de tal maneira que ninguém se sentia menos privilegiado, permanecia sentado com a pessoas até que saíssem, se alguém pedisse algo para ele não deixava de atender, ele atendia a pessoa ou pelo menos a agradava com suas palavras. Ele era tão grandioso em sua ética com as pessoas que se tornou como um pai para todos, e se considerava igual a todos. Suas reuniões eram encontros de modéstia, pudor, verdade e confiança. Era sempre sorridente, de fácil convívio e muito amigável, não era insociável ou de coração insensível, nem gargalhava, insultava ou falava pelas costas de alguém, e também não fazia elogios desnecessários. Negava o que não desejava e nunca se perdia a esperança nele. Ele largou três coisas: a discussão, a insistência e o que não era de sua conta. E também deu três coisas às pessoas: não falava mal de ninguém, não ridicularizava ninguém e não procurava defeitos nos próximos. Não falava senão aquilo que lhe transmitisse uma boa recompensa. Quando falava todos o escutavam com muita atenção, falavam apenas quando ele se silenciava e jamais discutiam em sua presença.

Anas ibn Malik dizia:  “O Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) era claro como uma pérola, andava com postura e segurança, seu cheiro era melhor que o das fragrâncias de misk e anbar, e sua mão era mais suave que o toque da seda”.

O Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) chorava até desmaiar. Então, diziam a ele: “Deus já não te perdoou por seus pecados do passado e do futuro?” E ele (S.A.A.S.) respondia: “E será que eu não preciso ser um servo grato a Ele?”

O Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) pedia pelo perdão de Deus setenta vezes por dia.

Quando o Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) se alegrava ele era a mais satisfeita entre as pessoas, quando aconselhava fazia com sinceridade e quando ficava irado (apenas ficava irado por obediência a Deus) não perdia o controle. E assim era em todos os seus assuntos. E quando acontecia um imprevisto se entregava a Deus, dizia que não havia força nem poder além de Deus, e pedia por orientação.

O Profeta Mohammad (S.A.A.S.) costurava sua roupa, consertava seu calçado, tirava leite de sua vaca, comia com os servos sentado no chão, montava um burro, estava sempre acompanhado, não ficava com vergonha de levar suas compras do mercado até sua família, cumprimentava o pobre e o rico, no cumprimento não largava a mão até que a pessoa largasse primeiro, saudava a todos, inclusive os idosos e as crianças, e não desprezava o que lhe era oferecido, mesmo se fosse uma tâmara. Era amigável, generoso por natureza, convivia de forma bela, tinha uma face feliz, sorria sem gargalhar e ficava triste sem ficar austero, era humilde sem ser humildado, generoso sem cometer desperdícios, de coração delicado e misericordioso com todos os muçulmanos. Era um homem satisfeito e jamais estendia a mão por ambição.

O Profeta Mohammad (S.A.A.S.) olhava para o espelho e se penteava, e olhava para a água e arrumava seu cabelo. Se cuidava quando ia se apresentar aos seus familiares e companheiros, e dizia: “Deus ama o servo que se cuida e se embeleza quando vai se apresentar diante de seus irmãos”.

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