Hussein (AS), um suspiro que nunca cessa

Hussein é uma lágrima que não seca, um lamento que não cala. Hussein é a lágrima do lamento e do suspiro. Hussein é o sorriso da esperança que aparece na orla da vida. Hussein é o reluzir da alvorada que derrama luz sobre o mundo humano. Hussein é a voz da verdade que toca toda consciência. Hussein é o título da justiça dirigido a toda geração. Hussein é o hino da vitória na boca do tempo. Hussein é a extensão das mensagens. Hussein é o herdeiro dos profetas. E o sangue de Hussein é chama da revolução que faz tremer os tronos dos tiranos. O sangue de Hussein é a melodia do martírio na boca dos revolucionários. O sangue de Hussein é o documento de responsabilidade de todo criminoso na terra, de todos os débeis, de todos os que comercializam as questões do Islam e da comunidade. Karbalá é a alvorada da eternidade, Karbalá é a escola do jihad, Ashurá é um dia no mundo da tristeza eterna. Ashurá, o dia das lágrimas e das lições, Ashurá é o dia lamentos e tristezas, Ashurá é o dia importante para os familiares do Rassulullah. No dia dez de Muharram, no ano sessenta e um da hégira, lá na terra de Karbalá, estava o neto do Mensageiro de Deus, Hussein Ibn Áli. Postaram-se perante ele as fileiras do extravio, carregando todo tipo de vileza e de baixeza, determinadas a matá-lo. O neto do Mensageiro de Deus, Hussein, ficou olhando aquelas aglomerações extraviantes. Os seus lábios esboçaram um sorriso, o sorriso de desafio e da altivez. Seus olhos verteram uma lágrima de misericórdia por aquele grupo de pessoas que traça com a própria mão o seu destino para o Inferno.

* Por Deus, vocês sabem quem sou? Sim, você é o neto do Mensageiro de Deus.
* Por Deus, vocês sabem que a minha mãe é Fátima, filha de Mohammad?
* Por Deus, vocês sabem que meu pai é Áli Ibn Abi Tálib? Por Deus, sabemos.
* Por Deus, vocês sabem que esta é a espada do Mensageiro de Deus que eu carrego? Por Deus, sabemos.
* Por Deus, vocês sabem que este é o turbante do Mensageiro de Deus, que estou usando? Por Deus, sabemos.
* Por que, então querem derramar o meu sangue? Sabemos de tudo isso, mas não o deixaremos antes de morrer de sede.

Hussein permaneceu firme, com altivez e determinação, e com ele um pequeno grupo de crentes, auxliadores da crença. Eles empunharam suas almas sobre os ombros, usaram os corações como armaduras para a luta. Seus corações estavam ansiosos em encontrar o Paraíso. Caíram mártires pela causa de Deus e o tempo os recolheu como chamas da orientação. Assim se abraçaram à terra de Karbalá. Hussein permaneceu sozinho, com os lábios pronunciando palavras tristes: Haverá algum salvador? Só houve a resposta do lamento das mulheres, o choro das jovens, os gritos das crianças com sede por uma gota de água, o lamento do doente que definha de dor. Os protetores das almas das pessoas dando o seu último suspiro, o relinchar dos cavalos, o lampejar das espadas, e o filho da Zahrá sozinho, submetido à determinação de Deus, dizendo: Quem me traz o meu cavalo? A jovem Zeinab levou o cavalo da morte para o irmão Hussein. Ele caminhou para a morte. Depois de uma luta renhida, ele caiu sobre a terra de Karbalá. O seu sangue representa a mais extraordinária história de heroísmo e sacrifício.

 

 

 

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