Jurisprudência da Lei: As Impurezas

As Impurezas são:

A primeira e a segunda: A urina e as fezes de qualquer animal que possui as seguintes características

1. Que tenha vasos sanguíneos por onde o sangue jorra ao ser degolado em vez de escorrer.

2. Que a sua carne não seja comestível, como a carne de leão, de gato, de lobo, e similares, ou a cria de ovelha sustentada por leite de porca até crescer, ou a galinha ou a ovelha que se alimenta dos detritos humanos até crescer e se fortalecer.

3. Que não seja ave

O animal que perder uma dessas características não se considera sua urina e fezes impuras. As fezes de todas as aves não são consideradas impuras, quer sejam domesticadas ou selvagens, aves de rapina ou não, que tenha sangue ou não. Da mesma forma, os animais cuja carne é lícito comer, domesticada como as ovelhas, ou selvagens como o veado e burro selvagem, seus detritos não são impuros. O mesmo acontece com os detritos dos peixes, dos crocodilos, das cobras, e dos demais rastejantes e insetos que não possuem sangue. Assim, os detritos impuros são os de humanos e de alguns animais selvagens carnívoros ou não, como a lebre, a raposa, o lobo, o gato, o rato, o leão e outros.

Primeiro caso: Se houver dúvida se o animal possui sangue ou não, ou se tiver dúvida de a sua carne é comestível ou não, ou tiver dúvida do detrito se é de rato ou de barata, sendo impuro a do primeiro e não impuro o do segundo. Em todas essas situações, deve-se considerar os detritos como não impuros.

Segundo caso: o sangue de todos os animais e o humano, com exceções do sangue de peixe e dos insetos, como as cobras, os gafanhotos, as moscas, as abelhas, e similares. Quanto ao rato, sabe-se que possui sangue que jorra, e considerado impuro.

Terceiro caso: O sangue que fica grudado no ovo é impuro. Porém, uma vez que não contamina o resto do ovo, não se considera o ovo impuro. Deve-se remover o sangue e considerar o ovo puro.
Terceiro caso: O sangue remanescente no animal abatido de acordo com a lei islâmica, e após a saída da quantidade conhecida, é considerado puro. Não há diferença entre o sangue remanescente no abdômen ou nas veias, ou no coração, ou no fígado, ou em outros órgãos.

Quarto: O esperma de todo animal com sangue. Quanto as secreções do órgão sexual masculino ou feminino, com exceções da urina, não são impuras, como são consideradas puras as secreções que saem do ânus, além das fezes.

Quinto: Todo animal com sangue morto naturalmente, sem ser sacrificado ritualmente. Quanto aos peixes e os insetos, como as cobras e similares, sem sangue, o morto é considerado puro.

Quarto caso: Consideram-se puras as carnes e as peles adquiridas dos mercados muçulmanos, sem necessidade de se perguntar ao vendedor a sua origem nem se o seu abate foi ritualmente feito.

Quinto caso: Excetuam-se do animal morto naturalmente as penas, o pêlo, a lã, o dente, as presas, o chifre, os ossos, o bico, unhas, as garras ovos cuja casca está dura. O mesmo acontece com o bucho e o leite que está nas tetas de animal cuja carne é lícita comer. São puros e podem ser consumidos.

Sexto Caso: A carne cortada de um animal é considerada carne de morto e cujo consumo é proibido. Para ser considerada impura a carne deve ser totalmente cortada do corpo. Se permanecer presa, mesmo por pele fina, ela continua pura.

Sétimo: O cão e o porco. O mesmo se aplica a suas partes como o pelo, os ossos, etc. O cão impuro é o da terra. Quanto aos peixes denominados de cão marinho ou porco marinho, não são impuros.

Nota: As impurezas se referem a substâncias impuras que o muçulmano deve evitar e deve lavar as partes que forem atingidas por elas.

 

 

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