Súplica XXXII (32)

Sua Súplica (A.S.) quando termina sua oração da Meia Noite26. Suplicando para si mesmo na confissão dos erros.

01 – Ó Deus! O Dotado do reinado perpétuo pela eternidade e soberania. Cuja essência é Inviolável em Si mesmo, sem necessidade dos soldados nem ajudantes.

E cuja Majestade é eterna nas épocas, e da passada dos anos, e a passagem dos tempos e dias!

02 – Tua soberania é inexpuginavel, de tal maneira que não há limite para ele com seu início, nem existe fim com seu término.

Teu reinado é tão elevado que todas as coisas caem esgotadas antes de atingi-Lo.

A máxima descrição dos descritores não atinge sequer ao menor grau de elevação do que Tu elegeste para Ti Mesmo.

03 – Estão, todas as descrições (do homem) são incoerentes perante Ti. E estão incompletas todas as qualidades usadas para descrever-Te. E as imaginações re nadas (humana) tornaram perplexas perante Tua magnificência.

04 – Deste modo! Tu és Deus, o Primeiro em Teu início, e assim Tu carás perpétuo, sem desaparecimento.

E eu sou um servo debilitado na minha ação, mas eu sou no mesmo tempo grande esperançoso.

De minhas mãos saíram todos os meios afetivos em relação a Ti, exceto do que Tua misericórdia há vinculado a ela.

E me romperam os laços da esperança exceto aqueles a que se há fortificado através de Teu perdão.

05 – São escassas perante mim minhas obediências a Ti, e as minhas desobediências a Ti que as reconheço, são inumeráveis.

Não obstante, não é difícil para Ti perdoar Teu servo ainda que tenha feito muito mal. Então, perdoa-me!

06 – Oh, Deus! Tua ciência supervisiona e domina todas as ações secretas. E todos os assuntos cobertos se manifestam diante da Tua vigilância. E os itens minuciosos não se ocultam diante de Tua presença. E os segredos ocultos não ficam invisíveis perante Ti.

07 – Me há dominado teu inimigo (o demônio), o que há pedido de Ti um prazo até o Dia do Juízo final para desviar-me, e Tu o concedeste-lhe, e ele me faz cair no pecado.

08 – Ó meu Deus, escapei para Ti dos pequenos pecados extermina- dores e dos grandes pecados aniquiladores, ele (o demônio) me fez cair enganando-me, até que me acerque para a desobediência a Ti e através de minha má ação me z merecedor de Tua cólera, então retirou de mim a rédea de seu engano. Ele me dirigiu até que me encontrou com sua palavra de descrença27.

Pois! ele se separou de mim dando-me as suas costas, e se marchou deixando-me desprovido, exposto, sozinho perante Tua ira, conduzindo-me ao centro de Tua indignação num estado no qual nenhum intercessor pode interceder por mim, nem nenhum protetor pode assegurar-me salvo perante Ti, nem fortaleza alguma que me protege de Ti, nem refúgio algum onde me possa esconder de Ti.

09 – Pois! Este estado é o de quem há procurado refúgio em Ti, e é o de quem confessa para Ti.

Pois, Meu Deus, Teu favor não seja estreito para mim. Nem Teu perdão seja cortado de mim.

E não devo ser o mais desafortunado entre Teus servos arrependidos. Nem o mais desesperançoso entre quem Te buscam esperançosamente. Perdoa-me, pois! Tu certamente és o Melhor entre os perdoadores.

10 – Ó Deus! Tu me ordenaste, mas eu abandonei o que me ordenaste. Tu me interditaste, mas eu cometi aquilo que me proibiste. E a minha má meditação levou-me ao pecar do jeito indiferente. E não considero meu jejum no dia como argumento, nem considero minha noite como prova a minha vigília em adoração a Ti. Não vivi fiquei uma obra preferível para ser elogiado e abençoado (por Ti), pois é claro, quem abandona Tuas obrigações resulta desventurado.

11 – E eu não posso intermediar a Ti por alguma ação meritória, enquanto descuidei muito das Tuas tarefas e os Teus mandamentos obrigatórios. E eu tenho transgredido os graus de Teus limites determinados, ultrapassando aos ilícitos escandalosamente, e cometendo grandes pecados, cujo escândalo há ocultado pela a saúde que Tu me brindaste, e o bem estar que Tu me daste.

12 – Este é o estado daquele que se envergonhou de si mesmo perante Ti. Que se encolerizou com sua própria alma e se compraze de Ti.

Então se dirigiu para Ti com uma Alma humilde, com o pescoço submisso, com as costas carregadas de pesados erros, parado entre o temor de Ti e a Tua esperança.

E Tu és O Mais digno para quem ter esperanças em Ti, O Mais merecedor de ser temido e ser piedoso por Ele.

Então, ó Senhor! Conceda-me aquilo do que estou esperançoso, assegura-me contra aquilo que temo, agraciai com o favor de Tua misericórdia. Certamente! Tu és O mais nobre das autoridades.

13 – Oh, Deus! Agora que me cobriste com o manto de Teu perdão, e me vestiste com Tua graça na estância da vida terrena, perante a presença dos mais dignos.

Pois, poupa-me dos escândalos na estância da permanência na vida pós- -terrena, nas paragens das testemunhas observadores dos anjos próximos, dos mensageiros honrados, dos mártires, dos bondosos, e do vizinho ao qual ocultei minha maldade e os parentes entre os quais tive o pudor em minhas obras ocultas.

Oh, Deus! Eu não confiei neles para cobrir meus defeitos, mas confiei em Ti, oh, Senhor! Para que me perdoe.

E Tu és O Mais Digno e Confiável entre eles, e Tu és O Mais Amável para quem Lhe pede a amabilidade, e o mais Compassivo para quem Lhe pede misericórdia. Então, Compadeça de mim!

14 – Oh, Deus! Tu me fizeste descer fluindo como líquido insignificante desde uma espinha dorsal, cujos ossos muito unidos e seus caminhos estreitos, (ultrapassando) até um útero apertado que há coberto com capas. Depois me foste modificando e mudando de um estado a outro até chegar à configuração perfeita, estabelecendo em meu corpo os membros, tal como descreveste em Teu livro (o Alcorão Sagrado): “ao princípio, como esperma; depois um coágulo; depois cobriu os ossos com carne. Depois tal como quiseste, passaste-me a outra etapa da criação28. Igual como Tu decretaste.

15 – Até que me senti necessitado de Teu sustento provimento, já que não posso prescindir de Teu abundante favor.

Depois, dispuseste para mim o sustento da comida e da bebida proveniente de Tua serva (a minha Mãe), no qual me fizeste habitar em seu interior e me estabeleceste em sua matriz.

Ó meu Senhor! Se Tu me deixaste confiado comigo mesmo, a disposição nestes estados ou me tivesses deixado refugiado em meu poder, sem dúvida que a força estará apartada de mim e meu poder estará distante de mim.

Por conseguinte, que Tu através de Tua amabilidade e benfeitoria me alimentaste com um alimento sadio, e todas estas graças surgidas de Tua bondade continuaram favorecendo-me até agora, que cheguei a este estado.

Eu nunca me esqueço Tua bondade, nem me faltaram jamais às Tuas dedicações que fizeste comigo.

Tua munificência nunca foi postergada a mim.

Apesar de tudo isto, minha confiança não é firme e nem é sólida, para esforçar-me em atingir aquilo que é o mais benéfico para mim perante Ti.

16 – (Ó Meu Deus) O demônio há tomado minha rédea com respeito das más intenções e a debilidade da minha convicção.

Por isso, eu me reclamo a maldade de sua proximidade a mim, e da obediência de minha alma a ele; aferro-me a Ti contra seu domínio, E Te imploro para que Tu apartes sua astúcia de mim, E invoco para Ti para que me aplane o caminho para obter meu sustento.

17 – Então, o louvor pertence a Ti! por originar as grandes graças, e por inspirar-me a gratidão por fazer o bem e agraciar aos demais.

Abençoe, pois, a Mohammad e a sua família, e facilita-me meu sustento!

E Te peço que me deixes satisfeito com a medida que decretaste para mim e comprazido com a parte que dividiste para mim, conceda-me aquilo que desgastei de meu corpo e de minha idade no caminho da obediência a Ti.

Porque certamente! Tu és o Melhor dos que dão provisões.

18 – Ó Deus! Refugio-me em Ti do inferno que fizeste severo para aqueles que Te desobedecem, caminhando (decretando) o rendimento nele a quem evite comprazer-Te; do inferno cuja luz é escuridão, cuja suavidade é dolorida, e cuja lonjura está próxima; do fogo cujas partes se devoram entre si, e cujas zonas se atacam umas as outras.

Refugio-me em Ti! do inferno que apodrece os ossos, e dá de beber a seus moradores água fervente.

Do fogo que não perdoa a quem lhe rogam. Nem se compadeça de quem tentam lhe pedir a benevolência.

Nem pode minguar sobre quem se humilhe e submeta enfrete ele, encontra a seus habitantes com o mais ardente e doloroso que possui de castigo, com intensas penas e desgraças.

19 – E me refúgio em Ti de seus escorpiões cujas bocas estão abertas. De suas víboras que picam com seus caninos. De sua bebida que despedaça o estômago e arranca os corações de seus moradores. E Te peço (Ó Meu Deus) a boa direção a respeito daquilo que afasta e aparta dele.

20 – Ó Deus! Abençoe a Mohammad e a sua família, refugie-me dele (do inferno) pela bondade de Tua misericórdia; dispensa-me dos meus deslizes com Tua boa dispensa, e não me deixe humilhado, Ó Melhor protetor entre os que dão refúgio!

Oh, Deus! Certamente Tu preservas do desagradável, E Tu Concedas a bondade, e fazes o que queres. Pois Tu és Todo-Poderoso.

21 – Ó Deus! Abençoe a Mohammad e a sua família cada vez que os benfeitores sejam recordados.

E abençoe a Mohammad e a sua família enquanto a noite e o dia seguem em sequência, uma bênção que nunca cesse nem seja calculável, uma bênção que encha o espaço de ar, e encha a terra e o céu.

Que a bênção de Deus seja com ele até que resulte comprazido, e que Deus abençoe ele e sua família mesmo que alcance sua satisfação, uma bênção sem limites nem fim.

Oh, o mais Misericordioso entre os que detenham misericórdia!


26 Esta oração é muito recomendável e preferível ser feita todas as noites, seu tempo começa desde meia noite até a madrugada (antes de começar o tempo da oração da manhã). Ela é composta em 11 genuflexões. As primeiras oito serão feitas na intenção da oração da noite e elas são iguais a quatro orações de duas genuflexões. E uma oração de duas genuflexões na intenção de Ashshafa (par) e a última genuflexão chamada Al-watr (impar). Essa oração é obrigatória com o Profeta Mohammad (A.S.).

27 O Sagrado Alcorão: capítulo 14 (Abraham), versículo 22 e capítulo 59 (Reagrupamento “no dia do Juízo Final”), versículo 16.

28 O Sagrado Alcorão. Capítulo 23 (Os Crentes), versículo 14.

- voltar -