Em nome de Allah (Deus), O Clemente, O Misericordioso.
ISLAM significa submissão, rendição voluntária a Deus (Allah). Também significa paz ou pacificação da alma e do coração. O Islam não é uma igreja ou seita, nem tampouco uma filosofia criada por um homem ou por um grupo deles. É uma mensagem, uma orientação divina revelada por Deus aos profetas enviados aos povos. Essa mensagem divina se destina a toda humanidade, sem distinção de povo ou raça. Não é nova, nem antiga, mas sim, eterna e orienta o homem a viver de modo a fazer a vontade de seu Criador e lhe proporciona o conhecimento correto do sentido de sua existência na terra.
ALLAH (DEUS) é o Senhor, Criador e sustentador do universo. É o mesmo e único Deus anunciado por Abraão, Moisés, Jesus e os demais profetas (a paz sobre eles). Allah detém o poder e o mando sobre todas as coisas e sendo único não possui semelhantes ou parceiros em seu Reino. Esse é o fundamento básico da FÉ MONOTEÍSTA trazida por todos os profetas, os quais jamais fundaram igrejas ou seitas, pois trouxeram essencialmente uma única e indivisível mensagem e convocaram os povos à senda ordenada por Allah: a submissão (Islam).
MUÇULMANO é aquele que livre e espontaneamente abraça o Islam. Toda criatura ao nascer é muçulmana em sua natureza original, de modo geral, ao crescer afasta-se dessa condição natural. Ao reconhecer pela fé que há um único Deus QUE DEVE SER ADORADO SOBRE TODAS AS COISAS e a quem se deve recorrer e dirigir todas as preces, e quando sinceramente adota o Islam com o firme propósito de obedecer as leis divinas, ele retorna a sua condição original de “muçulmano”.
O ALCORÃO é a última e definitiva escritura sagrada. Foi revelado ao último dos profetas enviados, MOHAMMAD (S.A.A.S.). O Alcorão reafirma e sela as escrituras sagradas anteriores e a lei divina constante nele é a lei que permanecerá vigente até o dia do Juízo pela qual toda a humanidade responderá perante Deus. No Alcorão, todas as questões da vida humana são tratadas e nele Deus Altíssimo sela sua promessa de salvação aos que crerem e obedecerem suas leis, e admoesta o homem quanto ao dia final, onde cada um será retribuído segundo sua fé e suas obras.
Compreendendo o Islam
O mundo em que vivemos tornou-se um mundo muito confuso, sob todos os aspectos o ser humano está envolvido em inúmeras e diferentes opiniões e crenças. Diante disso, encontramos dificuldade para compreender devidamente e distinguir o que é razoável do que não é, tendemos a conhecer algo a partir de nossas próprias concepções ou do que estamos acostumados a ouvir e por isso, para compreender o Islam se faz necessário primeiro compreender o que o Islam não é. O ISLAM NÃO É uma igreja, seita ou organização religiosa, não foi fundado ou inventado por um homem ou por um grupo de homens, portanto, não tem dogmas, sacerdotes, padres ou pastores. Islam não consiste em “ir” ou freqüentar algum lugar, não se assemelha a uma convenção social onde uma pessoa cumpre certos rituais em um templo ou segue um certo número de regras que em muitos casos podem ser alteradas com o tempo. Se o Islam não é uma igreja ou filosofia e não foi fundado por um homem, qual é então sua origem e seu fundamento? Islam é uma mensagem divina, a Orientação que ALLAH (Deus) revelou e detalhou aos seus enviados (profetas), os quais a anunciaram aos povos em cada época. A mesma e única mensagem e verdade trazida e anunciada por Abraão, Moisés e Jesus e muitos outros, mensagem que foi selada a humanidade com a vinda do último enviado, Mohammad (S.A.A.S.) a quem Allah revelou a última escritura divina, o Alcorão.
Essa mensagem divina é uma orientação clara para que o homem conduza sua vida para a obediência, a adoração e o cumprimento da Vontade Divina, para seu bem–estar e felicidade nesta existência e na vida eterna. Assim, os profetas foram apenas anunciadores desta Lei Divina, como sabemos, NENHUM DOS PROFETAS JAMAIS FUNDOU IGREJA OU SEITA ALGUMA (e nem autorizaram a ninguém que o fizesse) e isto é prova mais do que suficiente do fato de que a mensagem é única (já que não existem duas verdades) e esta orientação divina é lei eterna para o ser humano; se alguém refletir sobre isso concluirá que não faria sentido que Allah (Deus) que é Justo e que ama tudo o que criou, lançasse o homem neste mundo sem que lhe desse uma orientação, um caminho para sua remissão e para que conduzisse sua vida para o êxito espiritual e não para a ruína e a perdição. Também não faria sentido que deixasse o homem agir como quisesse e que este pudesse “inventar” algum modo de religião, seita ou igreja que lhe agradasse. Ora, todos nós sabemos que se alguém, por exemplo, trabalha numa empresa, não pode inventar seu próprio modo de agir, não pode trabalhar do modo e no horário que achar melhor, como numa empresa ou em qualquer lugar há sempre uma regra estabelecida a se obedecer, no universo o mesmo acontece: ALLAH é o soberano Senhor do Universo e estabeleceu seu Din (Caminho, Religião) e a ordenou a todos seres humanos. Isso não tira do homem o seu direito a escolha, um homem pode adotar ou negar a Orientação Divina, adotando qualquer outra coisa, porém não pode livrar-se das conseqüências de suas escolhas. Um homem pode negar a lei da gravidade, por exemplo, mas não pode livrar-se de estar submetido a ela. O mesmo ocorre com a Orientação Divina que desde o início dos tempos foi predicada à humanidade.
Essa mensagem divina (Islam) é compreensível para todo ser humano, pois Allah dotou-nos de corações e mentes para tanto e não exige de ninguém que creia naquilo que não compreende, uma crença cega não conduz à verdade. Um outro ponto a ser ressaltado é que não há intermediário entre o homem e a verdade, entre a criatura e seu Criador. Islam é a relação do homem e Deus em seu coração, uma relação que envolve sua vida, seus pensamentos e ações e a menos que esta relação seja devidamente estabelecida com sincera devoção e esteja presente no coração do homem não se estabelecerá em lugar algum. Por isso o Islam não é “ir para” mas sim “estar com Deus”. Não que as mesquitas (casas de oração) não sejam necessárias, apenas é dito que não há Islam sem sincera devoção, adoração correta, fé, bondade e obediência a Deus. A fé só é válida (aceitável para Deus) quando iluminada pelo conhecimento correto da Orientação Divina, do mesmo modo que um homem não sacia sua sede apenas por dizer “água”, a fé deve se realizar nas ações corretas e no afastamento do mal e do que Allah tenha proibido ao homem. Essa orientação divinamente revelada foi preservada de todo desvio ou alteração humana para que a conheçamos e façamos nossa escolha. Ao sincero e o humilde em sua fé, que se empenhe na busca da verdade Allah em sua infinita misericórdia concede a luz e o discernimento, orientando-o para sua graça. Isto é evidenciado no Alcorão:
“A QUEM ALLAH QUER ILUMINAR, LHE ABRE O PEITO PARA QUE RECEBA O ISLAM.” (C.6 – V.127)
Queira Allah guiar-nos e incluir-nos entre aqueles que tenha iluminado para sua Senda Divina.
O que é o Islam
Esta é uma das perguntas mais importantes de nossa época. Época em que a religião islâmica avança como a maior religião do mundo. Isso indica que é a religião da verdade e da justiça, é a religião que resolve os problemas da existência humana nesta vida e na vida eterna. Ainda que as pessoas que perguntem sobre o Islam não encontrem dificuldade em obter respostas, pois 99% das pessoas que falam do Islam nada sabem ou têm informações incorretas, recebidas da mídia que se opõe à expansão islâmica. A Palavra Islam significa submissão à vontade de Deus (ALLAH); implica a idéia de paz, pureza, aceitação do único compromisso possível para o homem: sua servidão e adoração para com Deus (ALLAH), O Criador de tudo que existe, o único a quem devemos servir e adorar. Servir a Deus é acatar suas leis, e a obediência às mesmas é viver de acordo com a sua vontade revelada, a melhor maneira de viver, a única que conduz a paz da alma e do coração. Islam não é somente uma religião, é um modo de vida, uma forma de ação vital com toda a criação.
Diz o altíssimo no Alcorão:
“ADORAREI ACASO OUTROS DEUSES AO INVÉS DELE? SE O ALTÍSSIMO QUISESSE PREJUDICAR-ME, EM NADA ME BENEFICIARIAM COM SUA INTERVENÇÃO E NEM PODERIAM SALVAR-ME.” (C.36 – V.23).
A Revelação
O Islam não é novo sobre a terra, nem começou há 1.400 anos com o Profeta Mohammad (Maomé) (a benção e a paz estejam com ele), pois se trata da Mensagem Essencial de todas as revelações autênticas anteriores. Ensina a tradição Islâmica que 124.000 profetas e mensageiros enviados trouxeram a Verdade, o Conhecimento e a orientação divina à humanidade. E essa Mensagem Revelada foi sempre a mesma: O ISLAM (A SUBMISSÃO AO SENHOR DO UNIVERSO). Variam as formas externas, de acordo com as épocas, os povos, as circunstâncias e o objetivo de cada revelação particular. Contudo, diz O ALTÍSSIMO: “PORÉM NUNCA HAVERÁ MUDANÇA NA LEI DE ALLAH…(Alcorão C.35 – V.43). “DIZE: CREMOS EM DEUS, NO QUE NOS FOI REVELADO, NO QUE FOI REVELADO A ABRÃAO, A ISMAEL, A ISAAC, A JACÓ E AS DOZE TRIBOS, NO QUE FOI CONCEDIDO POR DEUS A MOISÉS E A JESUS E AOS PROFETAS. NÃO FAZEMOS DISTINÇÃO ENTRE ELES E A ELE (ALLAH) NOS SUBMETEMOS.”(C.3 – V.84)
A mensagem que foi revelada ao Profeta Mohammad (S.A.A.S.), é o Islam em sua forma final, completa e ordenada até o fim dos tempos. ALLAH (DEUS), EXALTADO SEJA, colocou a salvo esta última revelação de todas as distorções e adulterações blasfemas.
O Alcorão e a Tradição Profética
O Islam se assenta sobre duas fontes. Em primeiro lugar se encontra o Livro Revelado, O ALCORÃO. Este não foi modificado nem se perdeu parte algum dele, como ocorreu com os livros sagrados anteriores, continua intocável em sua forma e língua original, o árabe. Foi enviado e revelado ao Profeta durante 23 anos de sua vida. O Alcorão é a palavra de ALLAH textualmente registrada letra por letra, versículo por versículo. Em segundo lugar temos a Sunna (tradição) que se compõe dos relatos, ditos, atos e recomendações do Profeta (S.A.A.S.), referidas a multidão de tópicos e situações, que foram cuidadosamente transmitidas por sua descendência e por seus fiéis companheiros. A tradição profética detalha para os muçulmanos o modelo de vida e comportamento que deve ser seguido. O Alcorão sintetiza a revelação dos livros anteriores, assenta as bases da Fé, da moral, das relações humanas, trata do objetivo e fim da existência humana, da sabedoria, da relação com Deus. É um livro vivo, um símbolo e um milagre divino.
A Doutrina da Unicidade (Monoteísmo)
“DIZE: ELE É O DEUS ÚNICO, O AUTO-SUFICIENTE (ABSOLUTO). NÃO GEROU NEM FOI GERADO E NINGUÉM É COMPARÁVEL A ELE.” (C.112)
A doutrina da unicidade é o núcleo da revelação. ALLAH (DEUS) é único, uno, eterno e subsiste por si mesmo, não foi criado; não tem filhos nem parceiros em seu reino. Nada que o homem possa pensar ou imaginar é igual a Ele, ou seja, está além de toda descrição. É o criador e senhor do universo e de tudo que nele há. Dele é o mando sobre todas as coisas e é o Senhor de todas as bênçãos.
O Homem
O Homem é a síntese e a culminação da criação. A razão de sua existência é adorar a seu Criador e este lhe encarregou de representá-lo na terra e não corrompê-la. Em seu estado original, como Adão (A.S.) ao ser criado, o homem é um ser belo, completo e sábio. O Profeta (S.A.A.S.) ensinou-nos que todo homem nasce nesse estado original de pureza, dotado da natureza de muçulmano e ao crescer afasta-se disso, e que é livre para retomar o caminho até seu estado original, até os jardins do paraíso, seguindo a Orientação divina e o modelo profético.
A Adoração
O Islam não é mero ritualismo, mas sim, correta intenção, pois disse o Profeta (S.A.A.S.): “As ações são validadas pela intenção”. Todo ato por pequeno que seja, é um ato de adoração, pois todos os nossos atos constituem a vida, e não se pode viver sem atuar. Todavia, ao que a maioria dos humanos adora? Ao dinheiro, ao prazer, ao renome, etc. O Islam propõe modificar a ação, contudo sobre a base da intenção, e unificar ambas na adoração a ALLAH (DEUS), da unificação do coração e dos atos com sincera devoção surge a pacificação da alma.
Diz o Altíssimo no Alcorão:
“POR CERTO QUE NÃO CRIEI OS HUMANOS E OS GÊNIOS SENÃO PARA QUE ME ADORASSEM” (C.51 – V.56)
Princípios e Práticas
Cinco princípios e cinco práticas principais são os fundamentos do Islam: Crer em Deus único (monoteísmo), crer na profecia, (os Profetas e no que foi revelado a eles), crer na justiça divina, crer na liderança dos Imames (encarregados do Zelo da mensagem), crer no dia do Juízo, na ressurreição e na existência real do paraíso e do inferno. As principais práticas são: O testemunho fiel de que “Não há divindade senão Deus (Allah) e que Mohammad é seu mensageiro. O cumprimento das 5 preces diárias prescritas. O jejum do mês sagrado de Ramadan. A concessão do Zakat destinado aos pobres e necessitados. A peregrinação ao menos uma vez na vida à cidade de Mecca (para aquele que possua recursos e saúde para tal).Todas essas práticas se englobam estão englobadas no JIHAD (o esforço na causa de ALLAH) seja no nível pessoal ou se necessário no estabelecimento da justiça e em defesa da religião.
A Busca do Conhecimento e da Sabedoria
O Islam nos propõe a busca constante do conhecimento e da sabedoria por meio da meditação e da prática dos preceitos de ALLAH. Consta que o Mensageiro de Allah (S.A.A.S.) tenha dito: “Aquele que dois dias de sua vida são iguais (sem nenhum avanço) é um perdedor”. De modo que os muçulmanos são exortados a buscar o conhecimento útil para que alcancem o crescimento espiritual e o aperfeiçoamento da fé.
O Modo de Vida Islâmico
O Islam abrange todos os aspectos da vida humana e tem uma concepção unitária do homem e da comunidade humana. Por isso as soluções do Islam são profundas e transformadoras desde a raiz dos problemas, pois os desajustes em que o mundo moderno se encontra não podem ser resolvidos separadamente. Para o Islam não existe distinção entre a dimensão religiosa e a dimensão política, entre o conhecimento científico e o conhecimento espiritual, ou entre trabalho e adoração. O Islam irmana os seres humanos não reconhecendo superioridades raciais e forma uma imensa nação de mais de 1 bilhão de pessoas de todas as raças, povos e cores reunidas em torno de uma mesma fé. Todos os anos durante a peregrinação isto é demonstrado na prática quando milhões de homens e mulheres, indianos, árabes, indonésios, iranianos, chineses, africanos e ocidentais se unem sem distinção, nos mesmos rituais praticados já há 14 séculos.
O Islam na Atualidade
O crescimento constante do Islam testifica sua atualidade e o redescobrimento de sua verdadeira dimensão na Europa e na América. A clareza de sua mensagem tem se tornado mais e mais atraente aos que buscam a verdade e a resposta para os questionamentos e dilemas da vida humana. A despeito de toda campanha negativa que busca confundir as consciências em relação ao Islam e os problemas que o Mundo Islâmico tem atravessado de modo surpreendente é a religião que mais rapidamente cresce no mundo.