A morte e seu benefício

Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.

A morte é um assunto muito pouco discutido entre as pessoas. Muitos evitam falar a respeito da morte e cada um possui uma razão para isso. Alguns, por terem perdido um ente querido, um amigo ou um conhecido, e não querem lembrar daquela triste ocasião. Outros, por desconhecimento e não saber o que é a morte ou o que vem após a morte.

A morte é uma certeza absoluta e talvez uma das coisas que todos nós tememos, e com base na importância deste assunto e na certeza de que todos passaremos por isso, vamos abordar o máximo que podemos sobre este assunto para saber do que se trata e como podemos enfrentá-lo e conhecê-lo.

Ao mesmo tempo que a morte é uma certeza absoluta todos duvidam dela, pois parece mais um filme, um teatro, algo que a pessoa não consegue compreender, pois é difícil de crer que uma pessoa que estava viva pouco antes de sua morte se foi. Ela está imóvel, sem falar, sem ver, sem sentir, sem nada.

Isso causa uma confusão na mente das pessoas, quando elas não sabem a verdade e a realidade da vida e da morte. O Imam Ali (A.S.) dizia sobre isso: “Jamais algo tão real e sem dúvidas a seu respeito foi criado por Deus como aquilo que se duvida em sua realidade, que é a morte”.

A recordação da morte e sua importância

O Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) e os Imames dos Ahlul Bait (A.S.) falavam muitos sobre a morte e em cada ocasião que podiam chamar a atenção das pessoas para este assunto que muitos evitam falar eles faziam questão disso. Isso para preparar as pessoas sobre esta fase tão desconhecida e pouco falada. Os Ahlul Bait (A.S.) nos apontavam e indicavam a importância de recordarmos a morte sempre, e o quanto esta ação pode ser benéfica a todos nós. O Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) dizia: “A melhor das ações, a melhor devoção e a melhor meditação é recordar da morte, pois aquele que recordar continuamente da morte encontrará seu túmulo como um pedaço do paraíso”. É logico que a recordação da morte a que se refere esta tradição é a aquela recordação que nos leva a meditar e pensar em nossas atitudes e em nossas vidas, e não o contrário disso, senão recordar a morte não terá nenhum efeito ou benefício sobre nós.

A recordação da morte é muito importante para todos, pois ela serve de correção para nossas ações e atitudes. A morte nos faz pensar e meditar que esta vida é passageira e que há um objetivo maior para a nossa criação e para nossa vida depois deste mundo. Ficarmos desatentos e distanciados da morte pode ter sérias consequências negativas em nossas vidas. Por isso, o Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) dizia: “Os corações podem se enferrujar”. Então lhe perguntaram: “Como podemos tratá-los?” Ele (S.A.A.S.) disse: “Recordando a morte e recitando o Alcorão”. É importante recordamos e lembrarmos da morte, pois ela jamais esquece de nós e está muito próxima de nós. O Príncipe dos Fiéis (A.S.) dizia: “Aconselho que sempre recordem a morte e não se distraiam dela, pois a morte nunca se distraí de vocês”.

De repente

A morte é uma coisa que chega de repente, sem autorização, sem prévia notificação e sem hora marcada. Ela chega e toma tudo de nós e não nos dá tempo de deixar nenhum recado, nenhuma mensagem, nenhum adeus ou uma despedida para os amigos. A morte chega levando nossos planos, sonhos, riquezas, família, tudo sem exceção. A morte dá um ponto final em tudo. Será que não vale a pena estarmos prontos para ela

Todos, sem exceção, sentirão a morte e ninguém escapará dela, e isso é uma promessa de Deus, que disse no Alcorão Sagrado: “Toda alma provará o gosto da morte; então, retornareis a Nós.” (29:57).A morte chega e leva a pessoa, seja lá qual for a pessoa, sua posição e onde estiver. Deus disse: “Onde quer que vos encontrardes, a morte vos alcançará, ainda que vos guardeis em fortalezas inexpugnáveis…” (4:78) Numa outra passagem, Deus disse: “… tampouco nenhum ser saberá em que terra morrerá…” (31:34)

Se preparar é melhor do que ser pego desprevenido

Como a morte chega de repente e sem aviso prévio, é melhor que a pessoa se prepare para este dia antes que seja pega de surpresa. A morte é como uma viagem e se a pessoa não estiver preparada sentirá falta de muita coisa. Imaginem então se esta viagem for sem volta. Temos que ganhar tempo, pois ninguém sabe quando, onde, que horas, que dia e nem por qual motivo morrerá. Se preparar é a melhor coisa que a pessoa pode fazer.

Estar preparado para este dia, mas como se preparar? O que fazer e o que levar para esta viagem? São perguntas que todos podem fazer e a resposta é:

Primeiro: Estar em dia com Deus, cumprindo seus deveres e obrigações religiosas.

Segundo: Estar em dia com as pessoas, pagando o que deve a elas e não deixar isso para depois.

Esta é a melhor forma que podemos nos preparar para a morte. Lembrando que esta vida é a única chance que temos para tal coisa. Não há outra chance depois da morte e por isso temos que correr e ganhar tempo, pois o tempo não para. Vale lembrar que a morte não é o fim ou a extinção, pois o ser humano foi criado para viver eternamente e não temporariamente. A morte é simplesmente uma fase de transição, uma transferência desta para a outra vida. E lá o ser humano enxergará todas as suas ações, e tudo o que plantou aqui na vida terrena será visto por ele lá. O Profeta Mohammad (S.A.A.S.) dizia: “Colheremos na outra vida o que plantamos nesta vida”. Ou seja, toda e qualquer coisa plantada aqui será colhida lá.

Quais são os frutos da recordação da morte?

Primeiro: Barreira para não cometer os ilícitos

Saber que irá morrer e que esta vida é passageira e que todos os seus prazeres são temporários cria uma certa resistência, fazendo que a pessoa evite cometer os atos ilícitos que desobedecem a Deus e que possam atrair a Sua ira. Talvez, este seja o mais importante e o melhor fruto de recordar a morte, pois evitar os atos ilícitos é o passo mais importante para que a pessoa não desobedeça a Deus e que pratique aquilo que seja do Seu agrado.

Segundo: Se livrar das tentações dessa vida

Recordar da morte faz que a pessoa se livre das tentações e das armadilhas desta vida. A morte é o que mantém a pessoa em alerta e viva, pois a morte é um fato e chegará a qualquer momento, saber disso e se preparar é um dos objetivos do fiel. O Imam Ali (A.S.) dizia: “Aquele que mais recordar a morte se salvará das armadilhas desta vida”.

Terceiro: Se contentar

Sabemos que um dos principais problemas do ser humano é a ganância. É o desejo de querer mais, o melhor, o mais bonito, o mais perfeito. Enfim, não há problema em sempre querer buscar o melhor, mas quando isso se torna o seu único objetivo e a pessoa começa a querer atropelar ou esmagar os outros para alcançar seus objetivos, atendendo sua ganância, este é o problema. Qual a solução disso? É sentir a contentamento. Estar satisfeito com o que tem e sempre agradecer a Deus por isso. Este sentimento é um dos frutos de quem recorda e lembra da morte constantemente. Quando a pessoa lembra que tudo é passageiro e nada vale a pena se concentra mais em suas ações e suas intenções do que nas coisas materiais, e por isso este é um sentimento muito bom. O Imam Ali (A.S.) dizia: “Quem recordar constantemente a morte se sentirá mais satisfeito com sua vida”.

Quarto: ser forte perante as calamidades

A vida é cheia de problemas, tragédias e calamidades. Recordar a morte faz a pessoa ser forte perante elas, pois ela sabe que tudo isso é passageiro e vai passar. Além disso, ela sabe que com sua força e paciência haverá uma grande recompensa que será concedida exclusivamente aos que são pacientes quando são atingidos por calamidades. E dizem: “Somos de Deus e a Ele retornamos”. Este pensamento é um dos frutos da recordação da morte. O Imam Ali (A.S.) dizia: “Recordem mais a morte e o dia em que ressuscitarão e sairão de vossos túmulos, dia em que ficarão de frente para o vosso Senhor. Isso os fará mais fortes perante as calamidades”.

Quinto: amor divino

Quem lembrar constantemente da morte certamente terá uma ligação maior com Deus, pois na outra vida Ele é a nossa única companhia e único refúgio. Quem recordar da morte estará em recordação de Deus e quem estiver em Sua recordação será amado por Ele. O Imam Assadiq (A.S.) dizia: “Que mais recordar a morte será amado por Deus”.

Sexto: demolidora dos prazeres

A morte é a verdadeira demolidora dos prazeres ilícitos. Sabe aquela vontade de praticar um ato ilícito, uma companhia, uma bebida, um alimento ou um ato ilícito, pois é, o melhor demolidor deste prazer e desta tentação é a recordação da morte, pois a pessoa entende que isso será passageiro e que aquele ato que lhe concederá um prazer passageiro lhe custará muito caro no dia do juízo final. Portanto, a tendência é que ela não siga suas tentações quando recordar a morte, e quanto mais ele se recordar menos seguirá suas tentações e prazeres, e é isso que o fiel precisa. O Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) dizia: “Recordem mais a demolidora dos prazeres”. Então lhe perguntaram o que seria a demolidora dos prazeres? Ele (S.A.A.S.) disse: “A morte”.

Sétimo: correr para a prática do bem

Quando ninguém sabe a hora que a morte pode alcançá-lo, o que pode ser a qualquer momento, certamente buscará praticar as boas ações o quanto antes para garantir a si mesmo. Quando a pessoa busca construir a outra vida, pois sabe que a morte pegará de surpresa, a tendência é o raciocínio correto, é fazê-la praticar o bem sempre e o quanto antes. Na verdade, o ser humano corre atrás de fazer o bem e não espera para praticar o bem e a caridade sentado em sua casa. O Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) dizia: “Quem estiver esperando a morte correrá em direção da pratica do bem”.

Nono: o túmulo será paradisíaco

Quem estiver em recordação da morte e isto levá-lo a evitar a prática dos ilícitos e praticar aquilo que satisfaz a vontade Deus, certamente estará na recordação de Deus, e Ele transformará o seu túmulo em um pedaço do paraíso. A nobre tradição afirma: “Quem recordar constantemente a morte terá seu túmulo transformado em um pedado do paraíso”.

A morte para o fiel e o infiel

A morte é algo certo, mas não é igual para o fiel e o infiel. De acordo com as tradições e passagens do Alcorão Sagrado, a morte do fiel é algo fácil, belo e muito doce, sendo que para o infiel é algo muito doloroso, difícil e sofrido.

Fiéis: quem vem tirar o espírito dos fiéis são os anjos e eles fazem isso com delicadeza e com muito cuidado para que o fiel não sofra nenhum pouco. Deus disse no seu livro sagrado sobre este cenário: “De cujas almas os anjos se apossam em estado de pureza, dizendo-lhes: Que a paz esteja convosco! Entrai no Paraíso, pelo que haveis feito!” (16:32) Deus faz questão de enviar os melhores e mais belos anjos para tirar a vida destes fiéis, a fim de não assustá-los nem fazer que eles sofram por isso. Ou por exemplo, há uma outra passagem que Deus classifica a alma dos fiéis como Paz: “E tu, ó alma em paz. (27) Retorna ao teu Senhor, satisfeita (com Ele) e Ele satisfeito (contigo)! (28) Entre no número dos Meus servos! (29) E entra no Meu jardim! (30).” (89)

Tem um ditado que diz: a morte do fiel é como tirar um fio de cabelo da farinha. O que este ditado significa é que é algo tão fácil, tão rápido e sem sofrimento nenhum. Sabem porquê? Porque o fiel jamais se sentiu pertencente a este mundo, ele não se sente apegado a esta vida. Ele sente que seu lugar não é aqui e na verdade ele almeja pela outra vida. Esta desconexão que o fiel sente diante desta vida mundana torna esta transição muito fácil e indolor.

Infiéis: Já para o infiel a morte é algo doloroso e muito sofrido. Sabem porquê? Porque ele está tão grudado, tão vinculado a esta vida que não quer sair dela. O infiel está tão apegado nesta vida que este seu medo da morte fará com que ele sofra mais ainda. Ele não estava preparado em momento algum. Ele vivia o tempo todo como um embriagado e a morte o alertou e o acordou deste sono. Deus disse no Alcorão Sagrado: “ E a hora da morte trará a verdade: Eis do que tentáveis escapar!” (50:19) O Profeta Mohammad (S.A.A.S.) dizia: “Quando o anjo da morte vier para extrair o espírito do infiel, ele terá junto uma grande viga de fogo que a enfiará dentro do seu espirito e quando a retirar seu espirito saíra junto”. E este sofrimento é só o começo do sofrimento do infiel, pois o que está por vir é muito pior do que isso. Ele terá um longo castigo na outra vida e jamais escapará do resultado de seus atos aqui na Terra. A morte sofrida do infiel é na verdade uma consequência de seus próprios atos. É aquilo que ele mesmo preparou para si mesmo. Deus disse no Alcorão Sagrado: “…Temos destinado o inferno, por morada, aos incrédulos”. (18:102)

Uma pergunta: Por que o ser humano tem medo da morte?

Primeiro: o fim

É natural que o ser humano goste de permanecer existindo, e não da extinção. Ele quer dar continuidade a sua existência e por isso ele tem medo do fim e da extinção. Mas o que ele não compreende é que a morte não é o fim e sim apenas uma transição, uma transferência de um mundo para o outro ou de uma vida para a outra. Não há cabimento que esta vida seja o fim e que não haverá outra, pois Deus nunca criaria todo este mundo e após haver um julgamento não haver uma recompensa para aqueles que O obedeceram e castigo para quem O desobedeceu. Isso não é algo lógico e nem certo. O Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) dizia: “A vida é a prisão do fiel e o paraíso do infiel, e a morte é a ponte entre cada um e o seu mundo. O fiel será levado ao paraíso e o infiel ao inferno”. Então, a outra vida, o nosso destino, a nossa moradia na outra vida será construída por nós mesmos. Somos nós que definimos como será a outra vida por meio das nossas ações e práticas nesta vida. Só temos uma única chance!

Segundo: o desconhecido

O Imam Al-Jawad (A.S.) dizia: “Por eles o desconhecerem o odiaram”. Como muitos não sabem como será a morte e nem buscam entender ou saber como será e o que fazer para que seja algo doce e fácil, eles detestam a morte e preferem evitá-la. Mas, o que eles não sabem é que evitar falar ou recordar da morte não fará nenhuma diferença, pois isso não a evitará de forma alguma, e a hora que ela está marcada para nos visitar será mantida. Por isso, é melhor que nós sejamos conhecedores, e saibamos o que fazer naquela hora. Isso é para o nosso bem.

Terceiro: o medo do castigo

Como diz o velho ditado: “Quem não deve, não teme”. Aqueles que tem medo da morte temem o castigo que está esperando por eles. Um famoso companheiro do Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) foi perguntado certo dia por que as pessoas temem a morte. Ele disse: “Porque elas construíram está vida e largaram a outra”. Ou seja, quando a pessoa não pratica e não se prepara para a outra vida é logico que não tem nenhuma segurança e nem se sentirá feliz em ser levada à outra. Ela não tem nada pelo que possa se orgulhar e dizer que garantiu sua paz na outra vida, com certeza ela evita a morte, pois sabe que não fez nada de bom nesta vida e tudo que ela fez foi para satisfazer o seu ego, buscando seu próprio interesse e isso prejudicou muitas pessoas e a si mesmo, pois seu destino será traçado por estas ações.

O arrependimento

O arrependimento após a morte é algo que não fará nenhuma diferença. Enquanto a pessoa está viva, caso venha a se arrepender e corrigir suas atitudes com certeza poderá fazer a diferença em traçar um bom destino para a outra vida, mas a partir do momento que a pessoa morre o arrependimento não terá mais nenhum valor. Um verdadeiro fiel deve se arrepender por suas atitudes enquanto vivo. Aqui ainda há chance de corrigir as falhas e renovar as ações, que podem ser substituídas por outras melhores. Já o arrependimento após a morte é uma característica dos infiéis e hipócritas, e isto está no Alcorão Sagrado. E de acordo com seus ensinamentos são classificados em quatro tipos:

Primeiro: associar algo a Deus

Eles dirão: “… Oxalá não tivesse associado ninguém ao meu Senhor!” (18:42). Associar algo a Deus nem sempre é associar um deus a Ele. Só o fato de praticarmos um pecado e atendermos uma tentação ilícita já é classificado como uma associação indireta a Deus mesmo sendo crentes Nele. É isso que alguns Imames chamam de “Politeísmo oculto”.

Segundo: o bom exemplo

Eles dirão: “… Oxalá tivesse seguido a senda do Mensageiro!” (25:27) O segundo arrependimento do infiel no dia do juízo final é por ele não ter seguido o bom exemplo em sua vida e o melhor exemplo que deve ser seguido para toda a humanidade é o Mensageiro de Deus (S.A.A.S.).

Terceiro: o amigo

Eles dirão: “… Oxalá não tivesse tomado fulano por amigo” (25:28) O terceiro elemento cujo o infiel se arrepende por ele é o amigo e a companhia. Todo infiel certamente teve companhias maléficas e ele se arrependerá por isso no dia do juízo final e desejará que não tivesse estas companhias.

Quarto: a boa ação

Eles dirão: “… Oxalá tivesse diligenciado (na prática do bem), durante a minha vida!” (89:24) E a última coisa que o infiel irá se arrepender é a falta de prática de boas ações. Ele sentirá a falta disso no dia do juízo final, pois verá que lhe fará muita falta.

O Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) dizia: “As pessoas estão dormindo sendo que quando morrem acordam”. Acho que este dito é o mais adequado para o assunto. Quando a pessoa acorda para a verdade e para a realidade se arrependerá. Só que como havíamos dito, após a morte não há mais valor nenhum para o arrependimento.

A morte é uma benção

Imaginem só se não tivesse a morte. Imaginem se o ser humano vivesse eternamente. Ou imaginem se a pessoa soubesse o dia e a hora de sua morte. Já pensaram na consequência destas questões?

Pensem um pouco e chegarão a conclusão de que a morte é uma grande benção. Tudo que ela representa é uma grande benção para o próprio ser humano. Só o fato dela não ser conhecida e ninguém saber a sua hora e o seu dia de partir é de grande benção, e este anonimato obriga a pessoa a sempre estar preparada e observar suas ações e práticas. Deus diz no Alcorão Sagrado: “Que criou a vida e a morte, para testar quem de vós melhor se comporta – porque é o Poderoso, o Indulgentíssimo”. (67:2)

Conclusão

A conclusão de tudo que falamos a respeito da morte é a seguinte:

Primeiro: se preparar

O ser humano deve sempre se preparar para o dia de sua morte. Tem que saber que ao chegar este dia ele deve estar preparado. É como uma viagem que a pessoa vai fazer. Antes de partir tem que preparar os documentos, passaporte, bagagem e as demais coisas que precisa para esta viagem. Será que nós estamos prontos para a nossa viagem para a outra vida? A qual não retornaremos mais dela! Pois é, é muito importante que estejamos preparados.

Segundo: esperança após a morte

É importante saber que mesmo mortos há esperança em continuarmos recebendo por uma boa ação deixada na Terra para a sociedade. Isso é o que é chamado de Al-Sadaqah Al-Jariyah, que é a caridade corrente. O Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) dizia: “Se o ser humano morrer se afastará de tudo exceto três coisas: a caridade corrente, um conhecimento deixado parao benefício das pessoas e um bom filho que ora por ele”. Ou seja, mesmo a pessoa falecida poderá estar recebendo por boas ações deixadas na Terra, e enquanto estas ações estiverem dando frutos e beneficiando as pessoas elas enviarão recompensas para o falecido. Além disso, um conhecimento deixado que possa beneficiar as pessoas ou um bom filho que seja um bom exemplo para a sociedade e que ore por seus pais são também coisas que podem beneficiar o falecido.

Louvado seja Deus, o Senhor do universo, que a paz e a benção de Deus estejam com todos.

Aula ministrada por: Nasser Khazraji
Data: 11/04/2020

 

 

 

 

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